Brasil Pack Trends 2020

BrasilPackTrends2020 146 qual idade & novas tecnologias cos e emmuitos produtos utilizados como matérias-primas, o uso de aditivos alimentares não é permitido. Nesses casos, a incorporação de antioxidantes ao material de embalagem seria uma forma de proteção do alimento, programando-se a liberação gradual desse composto, que atuaria no espaço-livre e/ou sobre a superfície do produto, num sistema de embalagem ativa. Várias formulações de antioxidantes para incor- poração em embalagens plásticas têm sido estudadas, entre elas antioxidantes sintéticos como BHT (3,5-Di- tert-butil-4-hidroxitolueno), BHA (2-tert-butil-4-hidro- xianisol), TBHQ (Butilhidroquinona terciária) e galato de propila. Enzimas imobilizadas na embalagem plás- tica também podem atuar ativamente como antioxi- dantes. Contudo, durante a fabricação de embalagens plásticas, uma parte do antioxidante perde sua funcio- nalidade de sequestrador de radicais livres, outra parte pode ser perdida para o ambiente, devido à sua elevada volatilidade durante o processamento térmico. A con- centração de um antioxidante em filmes poliméricos também diminui, mesmo antes do uso da embalagem, durante o armazenamento, devido à sua oxidação e por difusão do composto para a superfície do filme, segui- da de evaporação. Por isso, as embalagens emissoras normalmente devem ser formuladas com uma concen- tração de antioxidante muito acima da necessária para preservar o produto. Por outro lado, a adição de grandes quantidades do aditivo no polímero pode alterar as pro- priedades ópticas e mecânicas da embalagem. Absorvedores e controladores de umidade Com relação ao controle de umidade, o segmento de embalagens ativas apresenta duas linhas distintas: uma delas busca reduzir ao máximo a umidade relativa ao redor de produtos secos (alimentos ou farmacêuti- cos) e componentes eletrônicos, o que é obtido com a utilização de absorvedores de umidade (dessecantes). Outra linha objetiva controlar o nível de umidade re- lativa ao redor de frutas, hortaliças e carnes frescas, geralmente acima de 75%, utilizando os reguladores de umidade ou absorvedores de líquido e/ou de água que exsuda dos produtos. Os dessecantes mais utilizados podem ser dividi- dos nas seguintes categorias: físicos (sílica-gel - SiO 2 , argila, peneira molecular); sais hidratados; sais higros- cópios; polímeros superabsorventes (sais de poli(acrila- to), carboximetilcelulose (CMC) e copolímeros de ami- do) e dessecantes quimicamente reativos – CaO. A utilização de sachês absorvedores de umidade é uma tecnologia estabelecida e amplamente utilizada na área de produtos farmacêuticos. Contudo, a utiliza- ção de dessecantes incorporados à embalagem pode crescer com o desenvolvimento de novas tecnologias. Como exemplo, a empresa Amcor desenvolveu um des- secante incorporado no filme laminado para ser utiliza- do em embalagens para produtos farmacêuticos sensí- veis à umidade, estendendo sua vida útil e aumentando a estabilidade. O dessecante é incorporado na camada de selagem do blister , eliminando a necessidade de um material ou acessório extra ( Figura 6.3 ). FIGURA 6.3 Dessecante incorporado no material da embalagem da Amcor Fonte: Divulgação A CSP Technologies detém uma tecnologia para incorporação de materiais ativos em polímeros, resul- tando na família ACTIV-POLYMER. Um material des- secante (peneira molecular ou sílica-gel) é incorpora- do no polímero, combinado com um agente formador de canais microscópios e intercomunicáveis dentro da estrutura sólida do polímero, que facilitam a difusão de substâncias como a água através do polímero. Essa família de produtos, de nome comercial ACTIVE-PAK, apresenta três componentes: um polímero (hidrofóbi- co): PP ou PE; um agente formador de canal (hidrofí- lico): poliglicol, etileno/propileno glicol; e um compo-

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