Brasil Pack Trends 2020
BrasilPackTrends2020 164 qual idade & novas tecnologias Melhora de propriedades de biopolímeros A possibilidade de melhora das propriedades de barreira, mecânicas e térmicas dos materiais pela aplicação de nanotecnologia favorecerá o uso de bio- polímeros, cujas propriedades são um dos fatores limi- tantes da sua aplicação em embalagem. Argilas mont- morilonita e caolinita, grafeno, nanofibras de celulose, quitosana são promissores, mas há grande necessidade de pesquisas para otimização do sistema biopolímero/ nanopartícula/plastificante e para o aprimoramento de tecnologias de processamento. Exemplos de biopolímeros baseados em nano- compósitos são NanoBioTer ® (em fase de aprovação) e Degradal ® (em desenvolvimento, da Nanobiomatters) que incorporam aditivos em escala nanométrica para controlar ou acelerar compostabilidade e biodegrada- bilidade (ROBINSON; MORRISON, 2010). A empresa Rohm and Haas comercializa uma nanopartícula acríli- ca (Paraloid BPM-500) para aumentar a resistência do PLA (poliácido lático), um polímero compostável. A empresa StoraEnso deu um passo significativo na inovação de materiais de fonte renovável, investin- do em uma planta na Finlândia para fabricar um novo nanomaterial, a celulose microfibrilada, que permitirá a redução de peso de embalagens celulósicas, à base de papel-cartão, e melhora das propriedades de barreira. Esse é um exemplo da nova geração de materiais de fonte renovável. Revestimentos comestíveis a partir de biopolíme- ros aplicados a alimentos e fármacos estão sendo muito estudados, inclusive nas universidades brasileiras e po- dem ser usados para conservação de frutas e hortaliças frescas, inclusive minimamente processadas, frutas se- cas, queijos, produtos cárneos e outros alimentos. Po- dem ser formulados para conferir barreira a umidade, a gases e ter outras funcionalidades, a exemplo de veí- culos de enzimas, antioxidantes, aromas e pigmentos, funcionando como revestimento ativo. Revestimentos à base de carboidratos (amido, celulose) e proteínas (zeína, caseína, gelatina, colágeno) combinados com nanoargilas têm suas propriedades mecânicas e de bar- reira melhoradas e podem ser usados como veículo para outros ativos com funcionalidade desejada. A comercialização As empresas envolvidas com a comercialização de matérias-primas produzidas com nanotecnologia são poucas e podem ser divididas em dois grupos: fabri- cantes de resinas plásticas (DuPont, Bayer, Honeywell, Mitsubishi Gas Chemical,) e fabricantes de aditivos e cargas minerais para a indústria plástica (Southern Clay Products, Nanocor, ColorMatrix, LANXESS). A Nanocor fez parcerias com empresas produtoras de resinas plás- ticas, que utilizam nanoargilas (Nanomer) em seus pro- dutos, que inclui a Honeywell (linha Aegis), a Nylon Corporation of America (nanoTUFF e nanoSEAL) e a ColorMatrix Corporation (linha Imperm). Há pouca colaboração entre elas e não compar- tilham os altos custos de desenvolvimento. Há pouca competição devido ao baixo número de empresas envol- vidas. A produção é baixa, muitas vezes sem economia de escala. Outro problema é a utilização de equipamen- tos convencionais na conversão. Os novos materiais FIGURA 6.30 Indicador de tempo-temperatura da empresa FreshPoint Fonte: Divulgação
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy MTgxNA==