Brasil Pack Trends 2020
BrasilPackTrends2020 222 segurança & assuntos regulatórios requisitos auditáveis, associa o HACCP com os Pro- gramas Pré-Requisito (PPR). A análise de perigos é o elemento essencial de um sistema eficaz de gestão da segurança de alimentos, dado que ajuda a organizar o conhecimento necessário para estabelecer uma com- binação eficaz das medidas de controle. Essa Norma Internacional requer que todos os perigos de ocorrên- cia razoavelmente esperados na cadeia de alimentos, incluindo os perigos que possam estar associados ao tipo de processo e às instalações utilizadas, sejam identificados e avaliados (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2006). PPR – Programa de Pré-Requisito são atividades e condições básicas que são necessárias para manter um ambiente higiênico ao longo da cadeia de alimentos, apro- priado à produção, ao manuseio e ao fornecimento de pro- dutos alimentícios seguros para o consumo humano. A norma ISO 22000 fornece uma harmonização internacional no campo da segurança de alimentos, ofe- recendo ferramentas para implementar HACCP ( Hazard Analysis and Critical Control Point ) através da cadeia de alimentos e tem como objetivo controlar e reduzir a um ní- vel aceitável qualquer perigo à segurança do produto final. Essa norma combina os elementos-chave para garantir a segurança em todos os pontos da cadeia de alimentos: • Requerimentos para Boas Práticas de Fabricação ou programas de pré-requisitos. • Requerimentos para HACCP de acordo com os prin- cípios do Codex Alimentarius. • Requerimentos para gerenciamento do sistema. • Comunicação interativa entre fornecedores, usuários e autoridades reguladoras. A norma ISO 22000 é bastante utilizada pelas em- presas de alimentos e se aplica também aos fabricantes de embalagem, embora, no Brasil, a aplicação dessa nor- ma para esses últimos ainda seja restrita. A vantagem da implementação desse sistema é o fato de ser uma norma internacional reconhecida e aceita em vários países. Outros sistemas específicos para gerenciamento da segurança de embalagem e certificações têm sido elaborados e utilizados por vários fabricantes de em- balagem. As vantagens e as desvantagens na aplicação de cada sistema devem ser avaliadas pelo produtor de embalagem, no entanto, é recomendável utilizar aquele que possui maior reconhecimento entre os envolvidos na fabricação da embalagem. Na Tabela 8.2 são apre- sentados alguns desses sistemas e seu país de origem. Atualmente, muitas organizações estão trabalhando para harmonização das normas e regulamentos referentes à qualidade e segurança de alimentos – American Natio- nal Standards Institute, Asean – Association of Southeast Asian Institute, Codex Alimentarius Commission, FDA – Food and Drug Administration, GFSI – Global Food Safety Iniciative, GHI – Global Harmonization Iniciative, IFT – Institute of Food Technologists, ILSI – International Life Science Institute, e ISO – International Organization for Standardization, entre outras (MERMELSTEIN, 2012). Algumas dessas organizações, a partir de 2011, começa- ram também a trabalhar no estabelecimento e harmoniza- ção de requerimentos de segurança para embalagem de alimentos, estando entre as mais atuantes a GFSI. The Global Food Safety Initiative é uma iniciativa de negócio orientada para a melhoria contínua de siste- mas de gerenciamento de segurança de alimentos para assegurar a confiança dos consumidores nos alimen- tos no mundo. Essa iniciativa foi lançada em 2000 e fornece uma plataforma para colaboração entre experts em segurança de alimentos do mercado varejista, fabri- cantes e companhias de food service e outros serviços da cadeia de alimentos e organizações internacionais, academia e governo. Atualmente tem entre as suas ati- vidades a definição dos requerimentos de segurança de alimentos através de toda a cadeia de suprimentos. A GFSI, por meio da harmonização das normas de se- gurança de alimentos, espera reduzir a duplicação de auditorias através de toda a cadeia de alimentos. Os objetivos principais da GFSI são: 1. Reduzir os riscos para a segurança de alimentos ofe- recendo equivalência e convergência entre sistemas eficazes de gestão da segurança de alimentos. 2. Gerir custos no sistema global de alimentos, elimi- nando redundâncias e melhorando a eficiência ope- racional.
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