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ITAL
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS |
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VOL. 9 - N°1
JAN/FEV - 1997 |
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Apresentamos nos últimos anos em vários editoriais do INFORMATIVO CETEA, que o futuro das Instituições de Pesquisa do Brasil estava em “xeque-mate”. Globalização associada à abertura de mercado e agora a INTERNET fez com que as necessidades do setor produtivo mudassem radicalmente. Isto significa que a demanda junto às Instituições de Pesquisa Tecnológica foi também bastante alterada. E as Instituições de Pesquisa? Como se adaptaram a estas mudanças no Brasil? Muito lentamente. Somente agora, nestes últimos 2 anos, vem ocorrendo um movimento de adaptação a esta nova situação. Neste sentido, o Setor Privado, a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo e, recentemente a FAPESP, estão orientando parte de suas atividades para integrar adequadamente as Instituições de Pesquisa às reais necessidades da sociedade brasileira. E o CETEA? Atuando numa área industrial de suma importância para o país, que representa aproximadamente 1,5% do PIB, o CETEA teve a felicidade de iniciar este processo em 1988, época que pouco se falava e muito menos se fazia sobre esta integração. Em janeiro de 1996, apresentamos o desempenho do CETEA nos anos de 1994 a 1995 e a previsão para 1996. Neste início do ano, mostramos que o desempenho em 1996 foi aproximadamente 10% superior ao estimado. Para 1997 a previsão é de um orçamento próximo a R$ 2,5 milhões, com 25% de crescimento em relação a 1996 e 100% em relação a 1994. É importante salientar que 74% desta receita vem diretamente do mercado (Iniciativa Privada e Agências de Fomento), ultrapassando as recomendações internacionais de 50-60%. A arrecadação por pesquisador ou engenheiro foi de aproximadamente R$ 87 mil /ano, próximo dos R$ 100 mil recomendados para as Instituições de Pesquisa Tecnológica Internacionais. E agora, qual o próximo passo? Acreditamos que chegamos no nosso limite dentro deste modelo ultrapassado e burocrático que é o da administração direta governamental para uma Instituição de Pesquisa. Só nos resta um caminho, para que o Estado de São Paulo tenha o seu Centro de Embalagem atuando como estamos: mudar a estrutura jurídico-administrativa, com a introdução de um modelo nos moldes propostos pela Reforma Administrativa do Governo Federal. Quadro de recursos do CETEA:
Luis Madi
Coordenador - CETEA |