Lácteos e Saúde
16 presentes no leite, quanto por aumentarem nossa capacidade gustativa. Por mais que exista uma vertente contrária ao seu consumo, o leite traz benefícios, sim. Ele ajuda na prevenção da síndrome metabólica, na redução da pressão arterial, na prevenção do diabetes tipo 2 e, claro, da osteoporose, pois quando o assunto é ingestão de cálcio, a bebida ainda é uma das fontes mais importantes. Afirmação 2: “ Os animais adultos, não ingerem leite e não apresentam problemas ósseos e, portanto, o homem, assim como qualquer outro animal, pode obter todo o cálcio de que necessita por ingestão de vegetais”. Para exemplificar esta afirmação são citados animais como o boi, elefante, girafa, entre outros, que têm ossos grandes e têm como única fonte de cálcio a vegetação. Com relação a esta afirmativa, relatos com base científica (ANTUNES et al., 2009) e texto da pesquisadora Zacarchenco (MEDEIROS, 2016) explicam que: Realmente existem outros meios de ingerir o cálcio. As verduras verde-escuras (brócolis, espinafre e couve), assim como castanhas-do-pará, amêndoas e tofu, são excelentes provedoras de cálcio. Muitas dessas, inclusive, têm teor mais elevado que o próprio leite. Para se ter uma ideia: 100g de brócolis têm 513mg de cálcio, enquanto 100 ml de leite têm 107mg. Por que, então, insistir no leite? “Alguns alimentos, principalmente aqueles ricos em fibras, contêm fitatos (presentes nos farelos de cereais), oxalatos (presentes no espinafre, nozes) e taninos (presentes nos chás). Esses componentes diminuem a biodisponibilidade (a velocidade e extensão de absorção de um princípio ativo) do cálcio, o que pode comprometer a quantidade de mineral efetivamente aproveitada pelo organismo, enquanto o leite conta com a presença de caseinofosfopeptídeos, lactose e proteínas que facilitam a absorção do cálcio”. Além disso, outra informação extremamente importante é a de que bois, elefantes e girafas são animais herbívoros e o homem é um animal onívoro, ou seja, eles pertencem a grupos fisiologicamente diferentes. O grupo dos herbívoros que mais eficientemente recebe nutrientes de alimentos ricos em fibra é o dos ruminantes, que conseguem converter fibra em energia e outros nutrientes importantes à vida. Porém, o ruminante gasta muitas horas para realizar este processo. As girafas, por exemplo, passam quase 20 horas por dia se alimentando; prática esta que seria impossível para humanos.
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