Alimentos Industrializados

99 alimentos industrializados e açúcares Alimentos Industrializados Em 2017, 23,5% dos alimentos comercializados fo- ram carnes, pescados e derivados, 16,6% cereais, chá e café, produtos que não têm açúcar adionado, salvo ex- ceções. A maior parte comercializada dos laticínios, que representa 17,3% das vendas, é de leite fluido. Óleos e gorduras (8,3% do faturamento) e desidratados e superge- lados (3,9%) não têm açúcar em sua composição. As categorias de alimentos nas quais existe uma parce- la de produtos com adição de açúcar representam menos de 30,5%. Entre os derivados de trigo (9,0% do fatura- mento), é comum que os pães, bolos e biscoitos doces tenham açúcar adicionado, assim como acontece na ela- boração em lares, padarias, confeitarias e restaurantes. Mas as massas alimentícias e outros produtos salgados não costumam usar o açúcar como ingrediente básico. Na categoria sorvetes, temperos e salgadinhos (8,8%), os sor- vetes costumam ter açúcar adicionado, assim como fazem as sorveterias, sendo que tanto a indústria quanto as sor- veterias produzem versões diet/light. Entre os derivados de frutas e outros vegetais (6,4%), geleias e compotas costu- mam ser prepadas com açúcar, também do mesmo modo como são feitas em casa. A categoria de chocolates, balas e confeitos, obviamen- te, tem açúcar adicionado na maioria de produtos. Mas representa 3,6% das vendas nas quais estão incluídos também os produtos diet/light. Por fim, o restante do fatu- ramento (2,7%) é de açúcar mesmo, que é adicionado em alimentos e bebidas fora das indústrias. A tendência de redução da quantidade de açúcar adicionado Nos últimos anos, muitos consumidores têm procurado evitar alimentos com muitas calorias, preocupados com o con- trole do peso e a prevenção de doenças. Para atender a tal demanda, a indústria de alimentos e bebidas por si mesma ou em parceria com os governos vem reduzindo em todo o mundo a quantidade de açúcar adicionado em seus produtos. As estratégias utilizadas para isso são basicamente a diminuição da quantidade de açúcar adicionada e a subs- tituição total ou parcial do açúcar por produtos com menos calorias, como os edulcorantes artificiais ou naturais como acessulfame K, aspartame, sucralose, polióis, estévia e fruta-do-monge. Os edulcorantes são normalmente usados em associação com ingredientes que atribuem corpo aos produtos, como, por exemplo, os polióis. Nos últimos anos têm surgido alguns estudos afirman- do que as bebidas com adição de açúcar são as principais responsáveis pelo crescimento da obesidade. Essa afirma- ção é rejeitada pela Associação Americana de Bebidas, que afirma ser temeroso atribuir a um único tipo de ali- mento a causa da obesidade, uma vez que apenas 6% das calorias ingeridas pelos americanos vêm desses produtos. Na Europa, esse número é ainda menor: 3%. A despeito da controvérsia, alguns países optaram pela taxação dos produtos açucarados. A eficácia dessa estratégia, no en- tanto, é questionada por vários estudos. Alguns especialistas defendem que para perder peso deveria haver uma restrição drástica na ingestão de car- boidratos, para, no máximo, 20 gramas por dia, impondo ao organismo uma dieta cetogênica, ou seja, obrigando-o a obter a energia das gorduras. Embora sejam eficientes para perder peso, dietas pobres em carboidratos podem causar perda de tecido muscular e problemas com os cor- pos cetônicos liberados com a quebra das moléculas de gordura, pois eles são tóxicos.

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