Alimentos Industrializados

Muitos mitos e ideias falsas têm sido propagados quanto à composição dos alimentos e bebidas industrializados. Por isso, a Parte 16 apresenta uma descrição resumida sobre os tipos de ingredientes utilizados na formulação dos produtos, neste trabalho classificados como matérias-primas, ingredientes funcionais e aditivos. Ao contrário do que algumas pessoas alegam, os alimentos industrializados são compostos, em sua maioria, de matérias-primas, isto é, de carnes, laticínios, cereais, frutas, vegetais etc. Para enriquecer o valor nutritivo ou conferir funcionalidade aos produtos, é usual a adição de vitaminas, minerais, fibras e proteínas, entre outros ingredientes, porém, em quantidades muito pequenas em relação às matérias-primas. A Parte 17 trata da segurança dos ingredientes contidos nos alimentos industrializados, principalmente em relação aos aditivos alimentares, que, embora não estejam associados diretamente ao objetivo de nutrir, cumprem funções tecnológicas importantes para a alimentação saudável. É uma partemuito importante do trabalho, pois alerta que os conservantes, corantes, aromatizantes e edulcorantes, entre outros aditivos usados pela indústria, são regulamentados e autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, ANVISA, após rigorosa análise de sua eficácia e segurança para o consumidor. A relação dos alimentos industrializados com saúde e nutrição é de grande interesse atualmente e, por isso, recebe especial atenção nas partes 18 e 19. Nestas são identificados alguns dos mitos que costumam associar a saudabilidade de um produto conforme o seu grau de processamento ou a quantidade de ingredientes na sua composição. Em contraposição são apresentados dados de pesquisa que demonstraram que os alimentos processados contribuem com uma ampla variedade de nutrientes para a alimentação, e que uma boa dieta depende do valor nutritivo dos alimentos e bebidas consumidos e não do fato de seremprocessados ou não. As pessoas que condenam os alimentos industrializados insistem em afirmar que as empresas, em sua maioria, elaboram produtos aos quais adicionam muito açúcar, sódio e gordura, para que fiquemmais atrativos para os consumidores. As partes 20, 21 e 22 demonstram claramente que essa acusação não corresponde à realidade! Os dados de faturamento da indústria, divulgados pela ABIA, provam que a maior parte dos alimentos comercializados não possui adição de açúcar, nem adição de sódio, nem adição de gorduras. É observado que, embora a adição de açúcar, sódio e gorduras seja feita devido às características próprias de determinados produtos (Ex.: doces são feitos com açúcar, na indústria, assim como nos lares e nos restaurantes) e em conformidade com a legislação, as indústrias têm firmado acordos com o Governo, por meio da ABIA, para redução desses ingredientes em diversos produtos. Em vários casos, a indústria tem tomado iniciativas próprias nesse sentido. As partes 23, 24 e 25 ressaltam a importância da segurança dos alimentos, aspecto fundamental da saudabilidade que consiste, de forma simplificada, no controle dos processos industriais, de modo a evitar a entrada nos produtos de agentes biológicos, químicos e físicos que possam causar riscos à saúde ou à integridade física do consumidor. Para que seja feito tal controle, as indústrias utilizam várias práticas e obtêm certificações de sistemas padronizados definidos por instituições internacionais, tais como a International Organization for Standardization, ISO. As partes 26 e 27 abordam as estratégias empresariais de reformulação de produtos e comunicação com a sociedade. Descrevem as tendências de consumo que orientam essas estratégiase e as iniciativas da indústria alinhadas com tais tendências. A Parte 28 revela os desafios do setor produtivo de alimentos e bebidas diante das políticas públicas unilaterais que defendem restrições e penalidades para a comercialização de determinadas categorias de produtos alimentícios industrializados. A Parte 29 defende que o sistema alimentar, devido à sua complexidade resultante do fato de ser formada por diferentes instituições com objetivos nem sempre consensuais, requer uma abordagem sistêmica capaz de integrar e harmonizar as políticas sobre áreas distintas, que, embora tenham governanças específicas, trabalham todas orientadas pela missão de desenvolver um sistema saudável e sustentável. Assim como ocorre em outros países, deve ser ponto pacífico que a alimentação da população seja um tema de responsabilidade de várias áreas, incluindo agricultura, abastecimento, saúde, nutrição, assistência social, ciência e tecnologia, indústria, entre outras, e não deve ser conduzida de forma unilateral por grupos com interesses específicos. A Parte 30 apresenta o projeto Brasil Processed Food 2020, coordenado pelo ITAL, com o objetivo de combater mitos e preconceitos sobre a ciência e tecnologia de alimentos. Finalmente, a Parte 31 identifica as diretrizes para uma política nacional integrada para o setor de alimentos e bebidas não alcoólicas a partir da análise de fatores que influenciam o mercado, tendências de consumo, desafios e oportunidades para inovação e as iniciativas de outros países. Industrializados Alimentos

RkJQdWJsaXNoZXIy MTgxNA==