Brasil Food Trends
BrasilFoodTrends2020 20 a p r o d u ç ã o d e a l i m e n t o s 1.6. Defensivos agrícolas
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o segmento de defensivos
agrícolas representou, em 2008, apenas 7,0% do faturamento líquido total do setor, no País
(15) . Intensiva em matérias-primas importadas, a pro- dução nacional não depende apenas
da interação do mercado internacional, como também da demanda dos demais segmen- tos
químicos concorrentes. Assim, tal como todos os demais fatores de produção que dependem
diretamente de importações, a disponibilidade interna para a agricultura está estritamente
vinculada à performance dos principais países produtores. De maneira semelhante a alguns outros
insumos, os de- fensivos têm um peso relativo importante no cálculo do custeio das lavouras. Os
dados da Conab indicam que esses produtos contribuem, em média, com 17,0% do custo total da soja e
12,4% do milho (12) . Notadamente sensível à questão ambiental, a indústria vem adotando
ações responsáveis tanto no Brasil como no res- to do mundo. Quanto aos níveis de
resíduos, o setor encontra uma forte tendência a legislações internacionais mais restri-
tivas, com impactos, em alguns casos significativos, sobre a oferta de alimentos. 1.7. Fatores conjunturais
Por fim, não se pode deixar de citar a influência dos fa- tores conjunturais. No Brasil, a
apreciação da moeda local em relação ao dólar e o elevado patamar da taxa de juro
real, com o intuito principal de combate à inflação, acabam interferindo de maneira
significativa na competitividade das exportações e na escolha de investimentos de curto prazo. O
Gráfico 6, que exibe as variações entre 22 moedas em relação ao dólar
norte-americano de 2003 a 2009, ilustra a di- mensão do desafio imposto pelo câmbio ao País.
O real foi a mo- eda que observou maior apreciação no período, de 35%, diante da média
de 14% dos países destacados, significando forte de- terioração das condições de
exportação dos produtos brasileiros. 1.8. Conclusão Determinar a produção de
alimentos não é uma tarefa simples. Se, por um lado, o nível de atividade está atrelado
Fontes: Bancos centrais de cada país Elaboração: Fiesp/Depecon G ráfico 6 Dólar
norte-americano – evoluções das taxas de câmbio (16) (variação porcentual de 2003 a
2009, médias anuais) -20 -10 0 10 20 30 40 África do Sul Rússia Turquia Taiwan Nova
Zelândia Malásia Filipinas Peru Israel Cingapura Austrália Tailândia China Canadá
Zona do Euro Chile Japão Suíça Uruguai Paraguai Colômbia Brasil Moeda local Cesta de
moedas Apreciação média = 14%
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