Brasil Food Trends
53 BrasilFoodTrends2020 Brasil: principais locais onde os consumidores costumam fazer refeições
fora de casa PRODUTO % Lanchonete ou rede de fast-food 19 Restaurante à la carte 18 Padaria 18 Bares 11
Ambulantes 6 Restaurante por quilo 27 T aBELa 1 Fonte: Resultados da Pesquisa Fiesp/Ibope 4.4. PrODuTOS
InDuSTrIAlIzADOS Quando se fala em produtos industrializados, a imagem que surge na mente de alguns
consumidores é a dos congela- dos. E mais: quando se pensa espontaneamente em congela- dos, a imagem
recai sobre a lasanha, a batata frita, o hambúr- guer, os nuggets e as pizzas. O principal
benefício percebido em tais produtos é, sem dúvida, a praticidade e ela se mostra amplamente
almejada em todos os segmentos sociais. No entanto, o uso desses produtos só não é maior
devido a alguns impedimentos que se revelam de naturezas distintas. O principal é de cunho financeiro,
ou seja, esses produtos são qualificados como mais caros, principalmente quando se analisa a
relação custo versus benefício, tornando o valor desembolsado nem sempre justificável,
principalmente em razão do sabor perce- bido, para alguns, distante do caseiro, idealizado. Outras
categorias de produtos, mais tradicionais, en- contram-se tão difundidas e incorporadas ao
cardápio do dia a dia que nem sempre são percebidas como industrializadas. A maioria desses
produtos tem aparência mais natural, o que fa- cilita a sua incorporação dentre o rol de
produtos considerados saudáveis, mais do que os congelados. São eles: ervilha, milho, seleta de
legumes, leite condensado, creme de leite, iogurte, requeijão, margarina, queijo etc. Entretanto,
há também alguns alimentos enlatados que são execrados pelos consumidores, que até
questionam o motivo de sua permanência, tão longeva, no mercado, como é o exemplo de feijoada
e outros produtos prontos para o consumo. Nesse contexto, as embalagens em lata são as mais criticadas
e as de vidro, as mais elogiadas e desejadas. Diante desse cenário de idealizações e
práticas tão dís- pares, alguns dilemas são resolvidos com o clássico recurso da
racionalização. E, no caso da substituição do preparo caseiro do alimento pelo produto
pronto ou semipronto, as justificati- vas são diversas. Uma das racionalizações apoia-se no
nome e na tradi- ção de algumas marcas ou empresas. Certas marcas, na per- cepção dos
consumidores, despontam como benchmark nesse segmento. Portanto, recorrer à lasanha pronta, por
exemplo, mesmo que eventualmente e como quebra-galho, não é enten- dido como “falta grave”, uma
vez que a decisão está ancorada na confiança na marca. Outro mecanismo racional apela para os
benefícios da praticidade que os alimentos industrializados trazem em suas propostas e apelos
publicitários. Eles oferecem produtos pron- tos (ou semiprontos) que demandariam muito tempo,
esforço e perícia em seu preparo. Outra justificativa para o consumo de produtos industria- o p e
r f i l d o c o n s u m o d e a l i m e n t o s n o B r a s i l
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