Massas alimentícias industrializadas
Este trabalho tem como objetivos demonstrar o valor das massas alimentícias na cultura alimentar do
país e apresentar a realidade sobre suas composições e valores nutricionais, com base na
análise das informações contidas na rotulagem dos principais produtos comercializados no
Brasil. O capítulo sobre as origens das massas mostra que esse alimento, em suas diversas formas e
conteúdos, está incorporado há séculos na cultura alimentar global, devido ao seu valor
gastronômico e nutritivo, pela sua praticidade e economicidade. Nas últimas décadas, o
mercado das massas alimentícias tem sido moldado de acordo com as tendências de consumo, as quais
são identificadas no capítulo sobre hábitos e tendências, com base no estudo Brasil
Bakery & Confectionery Trends 2020. O trabalho faz uma análise comparativa de vários tipos e
marcas de massas secas e frescas, das principais empresas produtoras no Brasil. Os 269 produtos da amostra
foram analisados quanto às composições de ingredientes e nutrientes, com base nas
informações contidas nos rótulos. Os resultados são suficientes para derrubar
vários mitos sobre as massas industrializadas. Em relação ao valor nutricional, todos os
tipos de massas industrializadas carregam nutrientes importantes para a nutrição humana,
principalmente devido aos seus conteúdos de proteínas e fibras. Por outro lado, a grande
diversidade de produtos existentes no mercado impede que sejam feitas generalizações sobre seus
conteúdos nutricionais, uma vez que existem opções com teores reduzidos de calorias, gorduras
saturadas e sódio. As massas industrializadas são compostas, majoritariamente, pelas mesmas
matérias-primas alimentícias utilizadas na fabricação caseira ou artesanal. Portanto,
como pode ser observado nos ingredientes relacionados neste trabalho, as massas industrializadas são
alimentos “de verdade”. Em vários produtos pode ocorrer a mistura de outros ingredientes com a
finalidade tecnológica de obtenção da textura desejada e para melhor conservação do
mesmo, mas sempre em quantidades muito inferiores às das matérias-primas. Esta
publicação esclarece os motivos para utilização dos aditivos, bem como a
legislação que aprova seu uso de forma absolutamente segura. Com base nos resultados do estudo, o
trabalho contesta os argumentos utilizados por vários profissionais para classificar, principalmente as
massas instantâneas, como alimentos “ultraprocessados”, um conceito que não resiste à
realidade dos itens comercializados no mercado. Ao contrário, é demonstrado o valor das massas
industrializadas para a gastronomia, nutrição e bem-estar da população, alémde sua
segurança para o consumo. Os editores Apresentação 8 MASSASALIMENTÍCIAS INDUSTRIALIZADAS
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