Massas alimentícias industrializadas
É com grande satisfação que apresentamos a edição “Alimentos Industrializados 2030:
Massas Alimentícias”. Este é o terceiro volume que desenvolvemos em parceria com o Ital. O
primeiro, tratou dos “Pães Industrializados” e o segundo, dos “Biscoitos Industrializados”, que podem
ser conferidos no website da ABIMAPI, nas versões português, inglês e espanhol. Nosso
objetivo é incentivar e orientar a sociedade de forma inteligente e transparente quanto aos
rígidos processos de controle e qualidade da produção para o consumo das massas
alimentícias, além de ressaltar como algo positivo a importância da
industrialização dos alimentos, um processo que veio para melhorar o bem-estar das pessoas,
trazendo mais conveniência e segurança para o dia a dia. São mais de 60 formatos de massas
comercializados nacionalmente, ummercado que atinge ao ano cerca de R$ 11 bilhões de produtos vendidos
e ummilhão de toneladas em consumo. Com uma penetração de 99,7% nos lares brasileiros, as
massas alimentícias são, sem dúvida, uma preferência nacional. Quando o assunto é
alimentação, a quantidade média de ingestão por brasileiro chega a 6 kg por mês. Na
prática, isso significa cerca de 200 g por dia de macarrão ou qualquer tipo de massa. Sabemos que,
atualmente, a grande quantidade de dicas sobre alimentação, entre outros modismos propagados na
mídia pelos formadores e influenciadores de opinião, expõe a sociedade ao perigo
disfarçado de informação. São comuns notícias abordando a exclusão de
determinados nutrientes das refeições sem um acompanhamento médico ou nutricional. Em uma
dieta equilibrada, as massas alimentícias são fontes de carboidratos, principal fonte de energia
para o organismo humano em todas as fases da vida. Do total de calorias ingeridas diariamente, 55% a 75%
devem ser provenientes do nutriente, ou seja, de cinco a seis porções diárias. Além da
vilanização do carboidrato em dietas restritivas, lidamos constantemente com colocações
equivocadas envolvendoosalimentos industrializados.Odocumentooficial doMinistério da Saúde, por
exemplo, que aborda os princípios e recomendações de uma alimentação adequada e
saudável servindo como umguia para a população brasileira, enquadra as massas
alimentícias como um alimento ultraprocessado e que deveria ser evitado em uma dieta saudável.
Porém, pesquisas conceituadas já mostraram a existência de alimentos classificados na
categoria “Ultraprocessados” e que são feitos industrialmente de forma semelhante a
preparações culinárias caseiras, utilizando apenas de três a quatro ingredientes em sua
preparação, além de não existir nenhuma evidência de que o valor nutricional e a
saudabilidade de um alimento estejam relacionados a uma menor quantidade de ingredientes. O combate à
desinformação precisa passar pelo reconhecimento da importância dos alimentos desenvolvidos
nas fábricas brasileiras. A indústria trouxe para a mesa da população alimentos de
grande qualidade nutricional e segurança a um preço acessível. Para que isso aconteça de
maneira correta e transparente, é essencial que as discussões relacionadas a alimentos sejam
realizadas de formamultidisciplinar, incluindo pesquisadores, médicos, nutricionistas, representantes
das indústrias de alimentos e aditivos, engenheiros de alimentos, os responsáveis por
políticas públicas, cientistas e tecnólogos. Os consumidores estão cada vez mais
refletindo sobre a própria saúde e valorizando as contribuições da ciência para o
mundo moderno, é nisso que se ancora a revista na medida em que apresenta levantamentos de base
técnica rigorosíssima. Em outras palavras, as tabelas são recheadas com explicações
detalhadas, muito além das que aparecem nos rótulos dos produtos presentes nas gôndolas dos
supermercados. Nós, da ABIMAPI, temos todo o interesse em apoiar e contribuir para o desenvolvimento
deste conteúdo, um material que disponibiliza informações confiáveis, elaboradas por
pesquisadores que dominam os aspectos científicos e tecnológicos relacionados ao processamento dos
alimentos. Como representantes das categorias de biscoitos, massas alimentícias, pães e bolos
industrializados, acreditamos que disseminar estes valores é a maneira mais eficiente e assertiva para
certificar a qualidade e importância nutricional dos nossos produtos. Boa Leitura! Claudio Zanão
Presidente Executivo Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas
Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI)
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