Sucos industrializados e outras bebidas não carbonatadas

O hábito de tomar sucos de frutas tem se desenvolvido há muitos séculos na humanidade tanto pelos aspectos sensoriais da bebida como pela associação com a saudabilidade. Isto é ilustrado na primeira parte dessa publicação com as evidências de estudos sobre cor e odor de sucos, na obra de Pliny the Elder, e na exigência legal da inclusão de sucos cítricos na alimentação básica dos tripulantes de navios cargueiros ingleses. Entretanto, a tecnologia para preservação de sabor e conteúdo nutricional na produção em grande escala industrial só veio ocorrer mais recentemente, em meados do século XX, a partir de avanços na ciência e tecnologia de alimentos. Atualmente, o consumo de sucos ocorre de forma global, por meio de produtos preparados nos lares e no food service, e uso de bebidas industrializadas prontas para beber. Nos mercados mais desenvolvidos é verificada uma grande quantidade de empresas que oferecem produtos com diferentes composições. Os hábitos e tendências de consumo são retratados no segundo bloco desse documento, com destaque para a variedade de tipos de produtos que buscamatender às várias preferências dos consumidores. Para caracterizar o mercado brasileiro, particularmente, a terceira parte da publicação apresenta uma análise comparativa de diversas marcas costumeiramente comercializadas nos supermercados, relacionando os portfólios de produtos de grandes e pequenas indústrias de sucos. Estes produtos têmsuas composições de nutrientes e ingredientes reveladas em detalhes nos blocos seguintes, conforme suas diferentes modalidades no mercado brasileiro: sucos propriamente ditos, néctares, refrescos e alimentos líquidos. Emrelação à nutrição e bem-estar, o trabalho analisa a composição média dos sucos com base nas informações contidas em sua rotulagem, com destaque para o conteúdo de vitamina C, carboidratos, calorias e sódio. Ficam evidentes as diferenças entre os vários produtos e que muitos são fontes de vitamina C, outros apresentam poucas calorias por porção ou por 100 g, e o mesmo ocorre comos conteúdos de sódio. Atabulaçãodos ingredientesdossucos industrializadosdemonstra que estes são compostos, em sua maioria, por matérias-primas alimentícias, principalmente, frutas e outros vegetais, obviamente em apresentações apropriadas para sua incorporação no processamento das bebidas. Em vários produtos ocorre a mistura de ingredientes destinados à melhora do perfil nutricional, como vitaminas, minerais, fibras emesmo proteínas e ômega-3. O estudo relaciona todos os ingredientes e aditivos presentes nos sucos analisados, descrevendo o que são, motivos para sua utilização e outras informações como a legislação que aprova seu uso seguro. Verifica-se o uso de conservantes e outros aditivos nos sucos industrializados, mas isso não é regra comum, pois existem vários produtos sem tais ingredientes. Claro que também existem bebidas mais calóricas, mas o importante é notar que não é possível classificar os sucos industrializadoscomosendonocivosparaasaúde,comopropagam alguns profissionais e até guias alimentares contaminados pela ideologia contrária à produção industrial de alimentos. Quanto aos mitos e preconceitos sobre os sucos, o trabalho dedica, ao final, um bloco específico, no qual são contestados todos os argumentos que, teoricamente, caracterizariam os produtos como “ultraprocessados”, um conceito que não resiste à realidade dos itens comercializados nomercado. Em suas considerações finais, a publicação destaca o potencial dos sucos industrializados como fator de bem-estar para a alimentação das famílias e indivíduos e como componentes nutritivos e sustentáveis para uma dieta segura e de qualidade para a população. Os editores Apresentação SUCOS INDUSTRIALIZADOS 8

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