Sucos industrializados e outras bebidas não carbonatadas
Luis Madi Coordenador do Projeto Alimentos Industrializados 2030 - Ital Uma das principais funções de uma instituição de pesquisaedesenvolvimento comoo Ital, daSecretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, éantecipar asdemandase tendênciaseauxiliar os diferentes setores, neste caso as indústrias de ingredientes, alimentos, bebidaseembalagem. Assim nasceu, a partir de 2008, o estudo de tendências em ingredientes, alimentos, bebidas e embalagensBrasil Food Trends 2020, lançado emmaio de 2010, com parcerias da ABIA, da FIESP, da APAS e de várias outras entidades setoriais. Dando sequência a esse importante trabalho, criou- se no Ital a Plataforma de Inovação Tecnológica e a Série Ital Brasil Trends 2020, com todas as publicações disponíveis no site do Ital. Nesse processo, nos deparamos com um movimento ideológico contrário aos alimentos industrializados, negando a sua importância para a alimentação do brasileiro. Assim, através de dados científicos e tecnológicos consistentes, entre 2015 e 2018, criamos o Projeto Brasil Processed Food 2020 com o website www. alimentosprocessados.com.br esclarecendo, entre vários temas de interesse, mitos e fatos sobre os alimentos industrializados. Desenvolvemos também outro documento, o “Alimentos Industrializados: a importância para a sociedade brasileira” (www. alimentosindustrializados.com.br ). Nasequência, em2019 iniciamosoProjetoAlimentos Industrializados 2030, comduas áreas de atuação. A primeira que envolve trabalhos relacionados a ações transformadoras da indústria como a reformulação nutricional de produtos, a sustentabilidade da produção e a transparência na comunicação com a sociedade (www.ital.agricultura.sp.gov.br/industria- de-alimentos-2030). A segunda área foi criada para oferecer ao governo, mídia e a sociedade, em especial, ao consumidor brasileiro, informações que demonstrama inadequação prática da classificação Nova, em relação aos alimentos classificados como “ultraprocessados”. Esseprojeto temse tornadocadavezmaisestratégico para a indústria de alimentos, bebidas não alcoólicas, ingredientes alimentares e embalagens, face ao movimento ativista bastante organizado, financiado comgrande quantidade de recursos, que começou a ganhar força a partir da publicação do Guia Alimentar para a População Brasileira em2014, fundamentado na classificaçãoNOVAque introduziu o falso conceito de alimentos “ultraprocessados”, atualmente a principal bandeira dos ativistas. Agradecemos a participação da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas (ABIR), na pessoa do seu presidente Alexandre Jobim, pela parceria na elaboração deste trabalho. Ainda dentro do Projeto Alimentos Industrializados 2030, apresentaremos até dezembro de 2020 outros estudos sobre produtos classificados equ i vocadament e como “a l iment os ultraprocessados” e não recomendados para o consumo pelo Guia Alimentar. Damos assim mais um passo alinhado à missão do Ital de contribuir para a evolução das áreas de ingredientes, alimentos, bebidas e embalagens embenefício do consumidor e da sociedade.
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