Iogurtes Industrializados - Porções Práticas de Nutrição e Funcionalidade

O iogurte industrializado é amplamente consumido no Brasil, fato constatado em várias pesquisas. Sobre a ingestão de iogurte pelos brasileiros, a pesquisa de POSSA et al. (2015) (amostra de 532 indivíduos) identificou que, aproximadamente, 60% das pessoas são consumidoras do produto. Outra pesquisa, realizada por meio da internet (N = 1.433), verificou um consumo regular de iogurte numa quantidade ainda maior de pessoas (83%) (OPINION..., 2018). Mais recentemente, a fim de monitorar o comportamento de consumo em meio à pandemia, foi realizada pesquisa por meio das redes sociais envolvendo mais de cinco mil consumidores em todo o país, constatou o hábito de comprar iogurtes em 89% das pessoas (SIQUEIRA, 2020). Dados revelaram que também ocorre o consumo diário do iogurte no Brasil em 27% das pessoas (DIVERSE..., 2014). O café da manhã é a refeição que concentra por volta de 50% dos consumidores de iogurte (DIVERSE..., 2014; MOORE, 2019). HÁBITOS e TENDÊNCIAS de consumo IOGURTES INDUSTRIALIZADOS 10 O estudo Brasil Dairy Trends 2020 (www.brasildairytrends.com.br) identificou seis macrotendências de consumo que determinam as principais inovações em produtos lácteos industrializados. Além da macrotendência de Premiumização e Sensorialidade, relacionada a aspectos bastante valorizados pelos consumidores, as demais correspondem às demandas por produtos com benefícios associados à nutrição, saudabilidade e bem-estar: Densidade Nutricional e Conveniência, Digestibilidade e Bem-Estar, Funcionalidade e Prevenção, Controle e Adequação, e Sustentabilidade e Naturalidade (ZACARCHENCO et al. , 2018). De modo geral, sabor é um fator bastante demandado em todos os tipos de iogurtes (OPINION..., 2018). A macrotendência PREMIUMIZAÇÃO e SENSORIALIDADE tem motivado o desenvolvimento de “...produtos com alegações premium e gourmet , a valorização do frescor, da fabricação artesanal e de produtos elaborados com leite não bovino [...].” E ainda, “outro movimento associado à premiumização é o desejo de consumir produtos que proporcionem experiências sensoriais sofisticadas, exóticas e inovadoras [...].” Esta tendência resulta no surgimento de “...produtos com diferenciação de sabores e sabores inusitados para os consumidores” (ZACARCHENCO et al. , 2018, p. 65-66). Vários iogurtes industrializados têm sido desenvolvidos de acordo com a macrotendência DENSIDADE NUTRICIONAL e CONVENIÊNCIA , para atender os consumidores “... que estão demandando, de forma crescente, opções nutritivas para compor a alimentação diária” (ZACARCHENCO et al. , 2018, p. 63). Produtos lácteos como o iogurte, tradicionalmente conceituados pela sua riqueza natural em nutrientes essenciais, têm atendido essa demanda também por produtos fortificados com nutrientes ou adicionados de frutas, cereais, cacau etc. (ZACARCHENCO et al. , 2018, p. 65-66). PREMIUMIZAÇÃO E SENSORIALIDADE: EXEMPLOS DE IOGURTES. A popularidade do iogurte pode ser atribuída ao reconhecimento dos consumidores quanto à eficácia de seus benefícios para a saúde. Uma pesquisa global destacou, entre os fatores considerados para o consumo diário de iogurtes, a percepção de ser um alimento saudável, rico em proteínas e cálcio, bom para jovens em crescimento, a conveniência para lanches rápidos e para complementar refeições de famílias muito atarefadas no dia a dia (DIVERSE..., 2014). De fato, vários estudos identificaram que os consumidores de iogurtes têm uma ingestão maior de nutrientes e tendem a ter hábitos alimentares mais saudáveis do que os não consumidores (TREMBLAY; PANAHI, 2017). Também tendem a ter menor incidência de tabagismo e maior prática de atividades físicas. Por tais razões, o iogurte é considerado um marcador de alimentação e estilo de vida saudáveis. Entretanto, o preço dos produtos é considerado um dos fatores que limitam a ingestão do iogurte pela população com menor nível socioeconômico, tendo sido observado que as pessoas de renda familiar mais elevada tendem a consumir o dobro da quantidade de iogurtes em relação ao grupo de renda mais baixa (POSSA, G. et al. , 2015). DENSIDADE NUTRICIONAL E CONVENIÊNCIA: EXEMPLOS DE IOGURTES.

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