Brasil
PackTrends
2020
31
o mercado de embalagem: mundo e Brasil
Indústria usuária:
healthcare
Nos últimos dez anos, as vendas de medicamentos,
incluindo genéricos, OTC (Over-the-Counter, venda livre)
e outros medicamentos sob prescrição médica, cresce-
ram 43,5%, atingindo 2,34 bilhões de unidades no fim
de 2011. O avanço acelerado de praticamente todos os
tipos de medicamentos estimulou os grandes laboratórios
a investir intensamente na ampliação de instalações in-
dustriais, estudos clínicos e aquisições. Cerca de R$ 5
bilhões em investimentos, negócios e aquisições agitaram
o mercado brasileiro de medicamentos em 2011.
Os grandes investimentos também são uma for-
ma de os laboratórios se prepararem para enfrentar uma
nova era sem o monopólio de produtos blockbuster (su-
cesso de vendas) através de patentes. O vencimento de
uma patente representa, para as indústrias fabricantes
e detentoras de P&D, uma perda de US$ 500 milhões
em vendas somente no Brasil, e em 2011 perto de 25
medicamentos venceram patentes. Para lidar com essa
transformação, uma das principais diferenciações estra-
tégicas dos gigantes do setor é a inovação de produtos
e investimento em pesquisa para acelerar o desenvolvi-
mento de novos tratamentos terapêuticos. O aumento
considerável nos investimentos em pesquisa, provocado
pelo vencimento de patentes, também coincide com o
crescimento da participação dos genéricos no mercado
brasileiro, que encerraram 2011 com 20,5% do fatura-
mento do setor farmacêutico.
O setor de embalagens para farmacêuticos, que
engloba desde blisters laminados e cartuchos de papel
cartão até frascos de vidro, tem se beneficiado do salto
na demanda por medicamentos genéricos, movimen-
tando, aproximadamente, R$ 606 milhões de reais em
2011, um acréscimo de 25% versus 2010, superando
a taxa de crescimento de 13% do setor farmacêutico.
A tabela 1.52 apresenta a relação das dez maiores em-
presas do setor em 2010 (por faturamento) (PORTAL
FARMACÊUTICO, 2012; FÓRUM DE LÍDERES, s.d.).
O mercado para medicamentos OTC é crescente,
sendo impulsionado principalmente pela expansão dos
programas de saúde governamentais, bem como o au-
mento da renda discricionária do consumidor brasileiro.
O crescimento do poder de compra da classe C e
a diminuição dos preços dos medicamentos, graças ao
advento dos genéricos, tornou os medicamentos mais
acessíveis a grande parte da população brasileira. O gas-
to médio per capita em 2012 deve ser de R$ 386,43,
versus R$ 337 de 2011. As classes B e C serão as
principais responsáveis por esse consumo. Juntas, elas
corresponderam a 80% do valor total, com gastos de R$
23 bilhões e R$ 27 bilhões, respectivamente.
A diminuição da taxa de desemprego também se
refletiu no aumento da cobertura dos planos de saúde
TABELA 1.50
Histórico e projeção do consumo de embalagem: Volume (toneladas)
Material
Mil Toneladas
2007
Mil Toneladas
2011
Crescimento médio
2007-2011
Mil Toneladas
2015*
Crescimento médio
2011-2015*
Vidro
733,9
910,1
5,5%
1.035,5
3,3%
Plástico
630,3
884,9
8,9%
1.102,9
5,7%
Papelão
486,4
640,1
7,1%
779,5
5,0%
Metal
319,1
428,9
7,7%
531,8
5,5%
Papel
269,7
333,4
5,4%
414,1
5,6%
Flexível
62,2
73,3
4,2%
89,6
5,1%
TOTAL
2.501,5
3.270,6
6,9%
3.953,4
4,9%
*E
stimativa
Fonte: DATAMARK