Avaliação do Ciclo de Vida como Instrumento de Gestão
Centro de Tecnologia de Embalagem – CETEA / ITAL
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Figura 2.2 – Fluxograma simplificado do processo de produção de alumínio primário
2.3 Produção de Chapa, Latas de Alumínio e Processo de Reciclagem
2.3.1 Produção de Chapas de Alumínio
Os principais processos metalúrgicos de transformação do alumínio para produção de chapas para latas
são a refusão de lingotes e retalhos de processo usados para obtenção de placas, a laminação e
tratamentos térmicos de amolecimento.
Na etapa de refusão são adicionados elementos de liga para proporcionar características mecânicas
apropriadas à chapa. Após a fundição e adição de elementos de liga, o metal líquido é transferido para
fornos de espera onde sofrem um tratamento de fluxação com gases para remoção de hidrogênio dissolvido
e de inclusões não metálicas. Durante o processo de refusão há a formação de escória de alumínio, que
sobrenada o metal líquido. A liga metálica é, então, solidificada no formato de placas por meio de moldes
refrigerados por água.
A obtenção de chapas de alumínio nas espessuras desejadas para a fabricação de latas e tampas dá-se
por meio de processos de laminação, que consistem na redução da seção transversal das placas de
alumínio por compressão por meio da passagem entre dois cilindros de aço com eixos paralelos, que giram
em torno de si mesmos. Os processos de laminação são compostos por uma etapa a quente e outra a frio.
A etapa a quente é realizada a temperaturas acima de 350°C (temperatura de recristalização do alumínio) e
a redução da espessura por passe é de aproximadamente 50%, dependendo da dureza da liga que está
sendo laminada. No último passe de laminação a quente, o material apresenta-se com espessura ao redor
de 6 mm, sendo enrolado ou cortado em chapas planas, constituindo-se na matéria-prima para o processo
de laminação a frio. A laminação a frio realiza-se a temperaturas bem inferiores às de recristalização do
alumínio, sendo executada, geralmente, em laminadores quádruplos, reversíveis ou não, sendo este último
o mais empregado. O número de passes depende da espessura inicial da matéria-prima, da espessura final,
da liga e da têmpera do produto desejado. Os laminadores estão dimensionados para reduções de seções
entre 30% e 70% por passe, dependendo, também, das características do material em questão. Após esses
processos mecânicos, a chapa é enrolada em bobinas (ABAL, 2007d).
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