Brasil
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2020
177
sustentabilidade & ética
FIGURA 7.2
Concentrações atmosféricas
Concentrações atmosféricas de CO
2
, CH
4
e N
2
O ao longo
dos últimos 10 mil anos (gráficos maiores) e desde 1750
(gráficos menores). Medidas foram realizadas em núcleos de
gelo (símbolos com diferentes cores para diferentes estudos)
e em amostras atmosféricas (linhas vermelhas). Os valores
correspondentes de radiação forçante são mostrados no eixo da
direita nos gráficos maiores
A urgência em reduzir os efeitos
das ações antropogênicas
A necessidade de mitigação dos gases de efeito
estufa está claramente expressa no 4
o
Relatório do IPCC.
Modelos baseados nos níveis atuais de gases de efeito
estufa (GEE) e nas taxas de elevação de temperatura me-
didas estimam um aumento médio global de 1,8
º
C a 4
º
C
até o ano de 2100, e a estimativa mais confiável prevê
um aumento de 3
º
C se as concentrações dos GEE se
estabilizarem em 45% acima da taxa atual.
Os deslizamentos ocorridos, em 2011, em Tere-
sópolis, no estado do Rio de Janeiro, devido às chuvas
prolongadas, bem como os alagamentos no Paquistão
em 2010, as ondas de calor na França em 2003, a seca
na Rússia em 2010, o calor nos resorts dos Alpes em
2006 e a seca nos EUA em 2012, dentre muitos outros
eventos, são reflexos das mudanças climáticas (IPCC,
2007c; IPCC, 2011; AGÊNCIA FAPESP, 2012).
Como esses eventos têm sido cada vez mais fre-
quentes, urgente é a necessidade de todos os setores
da economia, e também do setor de embalagens, de
contribuir para a redução na emissão dos gases de efei-
to estufa e de somar ações para reduzir o impacto dos
eventos antropogênicos sobre o nosso sistema.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
foi instituída no Brasil através da Lei nº 12.305 de 2 de
agosto de 2010, após quase 20 anos de tramitação no
Congresso Nacional, e esse fato pode ser considerado um
marco na história brasileira.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Es-
tatística, 80% das quase 260 mil toneladas de lixo cole-
tadas ou recebidas diariamente, são destinados a aterros
controlados e/ou sanitários. Infelizmente, 18% dos resídu-
os sólidos domiciliares e/ou públicos são ainda enviados
a lixões a céu aberto (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEO-
GRAFIA E ESTATÍSTICA, 2008). Assim, a minimização da
geração de resíduos bem como a correta destinação dos
resíduos sólidos deve ser prioridades no País, para que se
atenda aos princípios básicos de saneamento.
Fonte: IPCC, 2007