Conheça parte dos produtos que estão disponíveis no mercado com contribuição do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Após meses de trabalho, o Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate (Cereal Chocotec) do Ital desenvolveu com sucesso pipoca com cobertura caramelizada que até 2001 era um produto famoso em Chicago, nos Estados Unidos, mas desconhecido no Brasil. Fez parte do trabalho a identificação de equipamento adequado para aplicação da cobertura, que também não estava disponível na indústria brasileira.
A empresa A Pipoca abriu suas portas no ano de 2002 na cidade de Mogi Mirim-SP, abrangendo um mercado reduzido, e hoje possui vários caramelizadores, com comercialização abrangendo a capital paulista, Campinas e região, Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
Os cappuccinos tradicional e zero da Melitta do Brasil tiveram melhoria de qualidade e estabilidade graças ao aprimoramento de atributos de cremosidade e espuma feito pela equipe do Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate (Cereal Chocotec) do Ital em 2000. O projeto envolveu testes nos laboratórios para ajuste dos componentes das formulações (especificação de ingredientes e porcentagens utilizadas) para atingir os objetivos propostos, incluindo o fim ou a diminuição da intensidade do empedramento e consequente redução de vida de prateleira do produto, além de avaliações sensoriais.
Após vários testes para ajustes de formulação, sobretudo para substituir o açúcar de cana mantendo sabor, dulçor, cremosidade e rápido derretimento, a equipe do Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate (Cereal Chocotec) do Ital desenvolveu o primeiro creme diet de avelã do mercado brasileiro, também enriquecido com fibras.
A tecnologia foi transferida para a Flormel, que adquiriu e instalou equipamentos específicos para a fabricação do novo produto, lançado em 2008. Fundada em 1987, a empresa familiar de alimentos saudáveis localizada em Franca-SP se consolidou no mercado como uma das marcas tradicionais da categoria, tendo desenvolvido ao longo dos anos novos sabores da linha de cremes à base de avelã.
Referência na industrialização de palmito desde os anos 60 tendo contribuído com o estabelecimento de padrão de qualidade desse produto alimentício para o Codex Alimentarius e para a legislação brasileira vigente, o Centro de Tecnologia de Frutas e Hortaliças (Fruthotec) do Ital promove anualmente capacitação exigida para responsáveis técnicos atuarem em empresas produtoras de palmito em conserva, conforme RDC no 18/1999, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Dentre as fabricantes com profissional capacitado pelo Fruthotec está a D’Rei Conservas, há 15 anos no mercado, atenta à toda cadeia produtiva, desde o plantio, colheita, armazenamento, descasque e embalo até a mesa do consumidor. Com dezenas de colaboradores, mantém em Registro-SP plantação das variedades Palmeira Real e Pupunha.
Dentre os trabalhos de avaliação dos processos térmicos de produtos de baixa acidez e acidificados mantidos à temperatura ambiente realizados pelo Ital, está a validação do processo de esterilização dos produtos alimentícios da Vapza através de assistência tecnológica da área de Engenharia de Processos do Centro de Tecnologia de Laticínios e Bactérias Lácticas (Tecnolat). Esse e outros serviços de PD&I em termoprocessamento de alimentos ganharam força no segundo semestre de 2021 com a inauguração da Planta-Piloto de Processamento Térmico da EP-Tecnolat.
Numa parceria com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Centro de Tecnologia de Carnes (CTC) do Ital conduziu estudo que estabeleceu os parâmetros que subsidiaram o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na autorização do comércio de mortadelas em temperatura ambiente no Brasil de todas as categorias, desde as de baixo custo até as gourmet. Com expertise de mais de 40 anos na área de carnes e produtos cárneos, o CTC integra atualmente grupo de trabalho do Mapa dedicado à revisão e elaboração de regulamentos técnicos de identidade e qualidade de diversos produtos cárneos.
A Frimesa afirma que seria necessário um alto investimento para manter uma estrutura de pesquisa nas empresas processadoras, portanto o trabalho foi muito importante para não suspender as produções nas indústrias e ainda dar um direcionamento de quais parâmetros seguir. Para a Seara, o Ital foi um organismo técnico-científico fundamental tanto no estabelecimento dos padrões, validação e controles de qualidade requeridos como na capacitação, lembrando que os produtos proporcionam ao consumidor o mais elevado nível de segurança, sabor e competitividade.
Com sede em Medianeira-PR, atuação em todo o mercado brasileiro e exportação para diversos países, a Frimesa é a quarta maior empresa nacional de abate e processamento de suínos e 11ª maior cooperativa do Brasil segundo a revista Exame, formada pelas filiadas Copagril, Lar, C.Vale, Copacol e Primato. Atualmente possui seis unidades industriais para produção de derivados de carne e leite, com aproximadamente 9 mil colaboradores. No ano em que completa 45 anos, a Frimesa planeja inaugurar até dezembro em Assis Chateaubriand-PR frigorífico para cortes, industrializados e fatiados, que deverá ser a maior planta para abate e processamento de suínos da América Latina.
Há mais de 60 anos no mercado brasileiro com exportação para mais de 130 países e certificações internacionais de excelência em produção, a Seara atualmente conta com mais de 1.500 produtos de aves e suínos (congelados e in natura), alimentos preparados, embutidos, food service e margarinas através das marcas Seara, Seara Gourmet, Incrível Seara, Seara Nature, Seara DaGranja, Seara Turma da Mônica, Big Frango, Nhô Bento, Frangosul, Pena Branca, LeBon, Marba, Massa Leve, Doriana e Delicata.
O Ital realizou diversos estudos para a validação do tratamento térmico e para o desenvolvimento de novos fornecedores e otimização de sistemas de embalagens para a linha de pet food úmido da Special Dog Company. Segundo a empresa, as validações do processo térmico e da eficiência da embalagem foram fundamentais para assegurar a segurança, esterilidade comercial e shelf life dos produtos.
Os serviços foram possíveis graças à expertise de 20 anos em termoprocessamento da equipe da área de Engenharia de Processos (EP) do Centro de Tecnologia de Laticínios e Bactérias Lácticas (Tecnolat) e mais de 30 anos de experiência do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) na avaliação, especificação e homologação de embalagens para produtos termoprocessados.
