Por Jaqueline Harumi | Postado em 14/04/2023 15:37:46 | Atualizado em 04/05/2023 07:26:30
A pesquisa científica brasileira na área de embalagem para transporte e distribuição se fortalece com o início da operação de equipamento dedicado a ensaios de impacto em plano inclinado no Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital). Órgão da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, o Ital adquiriu o equipamento com verba do governo estadual para contribuir com a redução de danos em embalagem.
A novidade amplia o escopo de atuação do Laboratório de Embalagem para Transporte e Distribuição (LED) do Cetea, único da América do Sul certificado pela International Safe Transit Association (ISTA), status que mantém há 20 anos. Interagindo com diversas empresas do setor em todos os continentes, a ISTA possui atualmente 660 laboratórios certificados visando elaborar e disseminar procedimentos de ensaios para minimizar danos em produtos através do efetivo projeto de embalagem.
O novo equipamento do Ital é constituído por uma plataforma móvel de 1,5 m x 1,5 m, trilho inclinado em 10° e sensores por indução para registrar a velocidade de impacto contra uma chapa de aço com 1,5 m x 2,0 m e 10 mm de espessura. “Esse equipamento permite ensaios em amostras de até uma tonelada, atendendo várias normas que especificam o impacto em plano inclinado, em especial o procedimento 3E da ISTA, que é aplicado a conjuntos produto-embalagem em cargas unitizadas destinados ao transporte rodoviário”, afirma o pesquisador Tiago Dantas, responsável pela implementação desse ensaio no LED.
O Laboratório também possui equipamentos de queda, vibração, choque, medição e gravação de dados de campo, compressão dinâmica e estática aplicada a produtos e embalagens, e tração de alça em big bags, dentre outros. “Esse é apenas um dos laboratórios de ensaio do Cetea, que atualmente conta com cerca de 700 equipamentos em operação, incluindo um laboratório de análise sensorial e uma planta-piloto. A estrutura é composta por equipamentos de última geração para avaliação de diferentes tipos e materiais de embalagem”, lembra a pesquisadora Ana Paula Noletto, gerente técnica de Sistemas de Embalagens e vice-diretora do Cetea.
