Postado em 06/03/2007 00:00:00
Graças a apelos dos consumidores, que reclamavam para o Procon e para o INP (Instituto Nacional do Plástico) da qualidade dos copos plásticos descartáveis, foi elaborada, em 2002, a norma NBR 14.865:2002. Na ocasião, o ITAL, por meio do CETEA (Centro de Tecnologia de Embalagem), foi um dos institutos de pesquisa que participaram da comissão elaboradora da norma ao lado do INP e de fabricantes do produto. Cinco anos depois, análises realizadas para o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) com 23 fabricantes constataram que a maior parte deles ainda não se adequou aos requisitos exigidos – entre copos de 50 ml, 60% não atende à norma técnica do produto e, entre os de 200 ml, 69%. #O resultado do trabalho, executado no segundo semestre do ano passado e cujos resultados foram disponibilizados recentemente, reitera as conclusões obtidas em estudos realizados regularmente pelo CETEA, a pedido do INP, desde 2002. “Temos percebido que, de 2002 para cá, os copos melhoraram a qualidade, mas muitos fabricantes ainda precisam se adaptar”, constata o pesquisador trainee do CETEA e coordenador das análises, ao lado da pesquisadora Leda Coltro, Fábio Gomes Teixeira. Os principais requisitos exigidos aos fabricantes são com relação à massa mínima e à resistência dos copos à compressão lateral. Não coincidentemente, as principais reclamações dos consumidores citavam a grande flexibilidade dos produtos, a facilidade com que quebravam e a necessidade de sobrepor dois ou até três no caso de bebidas quentes. A NBR 14.865:2002 regulamenta, ainda, as matérias-primas a serem utilizadas; o aspecto visual dos produtos (ausência de bolhas, rachaduras, sujidades, furos, deformações e matérias estranhas) e características relativas à segurança (ausência de rebarbas e de bordas afiadas), entre outros fatores. #Segundo Teixeira, os custos são os principais obstáculos para a adequação por parte de uma parcela maior dos fabricantes. “A fabricação do copo permite uma variação muito grande mesmo. Isso é esperado. Acontece que, para se adequar à norma, os fabricantes precisam aumentar a massa do copo o que, conseqüentemente, demanda mais material. Não é possível aumentar a qualidade do copo sem mexer no preço final”, afirma. Por enquanto, para não comprar produtos que apresentam não-conformidades, o consumidor tem dois instrumentos: a própria percepção ou consultar o resultado das análises na página do Inmetro. Isso porque ainda não existe selo do Instituto para o produto, embora alguns fabricantes coloquem nas embalagens uma impressão dizendo que estão em conformidade com a norma NBR 14.865:2002. Vale esclarecer, porém, que essa informação não é oficial e que nada garante que aquele produto realmente esteja dentro da norma estabelecida. Material produzido pela Assessoria de Comunicação Foto: Antônio Carriero Mais informações: 19.3743.1757