Por Comunicação SAA | Postado em 26/03/2024 00:00:00
Para celebrar o Mês da Mulher e ressaltar o papel delas no agronegócio, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo promoveu, nesta segunda-feira (25), o 1º Encontro de Lideranças Femininas das Câmaras Setoriais e Temáticas, na sede da pasta.
A celebração reuniu as oito presidentes das Câmaras Setoriais, além de lideranças femininas importantes para o agro paulista, com objetivo promover debate e reflexão, fomentando o empoderamento das mulheres e o desenvolvimento de ambientes de trabalho mais inclusivos e igualitários.
Segundo a assessora de pesquisas das Câmaras Setoriais e Temáticas da SAA, Raquel Nakazato Pinotti, o objetivo de encontros assim é promover debates e fortalecer a diversidade dentro da agricultura. “Ter essa representatividade feminina em um setor majoritariamente masculino é muito importante para as mulheres que estão inseridas no agro, mas muitas vezes não encontram referências no seu dia a dia”, afirma Raquel.
No início do evento, a jornalista Luciana Villar, coordenadora de atendimento à imprensa da SAA, apresentou uma palestra sobre frases e posturas machistas presentes na sociedade e no ambiente de trabalho. “Esse encontro é um marco histórico, uma iniciativa para valorizar a força feminina e, principalmente, para dar voz às mulheres do agro”, afirmou. “O machismo estrutural está tão presente no nosso dia a dia, que muitas mulheres nem percebem as falas e atitudes que depreciam a força feminina no mercado de trabalho”, revela.
No encontro, a palestrante Hellen Jacintho, engenheira de alimentos, pecuarista e presidente da Forbes Mulher Agro, palestrou sobre o papel da mulher no agro de hoje, a fim de trazer um olhar de reconhecimento dos desafios diários em campo e suas experiências. “O número de estabelecimentos rurais comandados por mulheres aumentou em 47% entre 2006 e 2017. Hoje, num universo de 5 milhões de propriedades rurais no Brasil, quase 1 milhão são comandadas por mulheres”, afirmou Helen, destacando que a importância feminina no agro cresce, mas que as mulheres ainda ganham 20% menos do que os homens.
Atualmente, a chefia de gabinete da Secretaria de Agricultura é liderada pela advogada Luciana Tucoser, que também esteve presente na ocasião. As mulheres estão ainda nas diretorias dos institutos da Agência Paulista de Tecnologias dos Agronegócios (Apta), Instituto Biológico, Instituto de Pesca e Instituto de Tecnologia dos Alimentos (Ital). Apenas na Apta são mais de 550 mulheres e na sede da Secretaria de Agricultura e Abastecimento somam-se 217 profissionais.
“Estamos estruturando uma comissão para lançarmos um programa educativo contra todos os tipos de assédio na Secretaria. Vamos criar um canal direto para que as pessoas se sintam à vontade para falar”, anunciou Luciana Tucoser.
Ao final do evento, o secretário de Agricultura, Guilherme Piai, agradeceu a participação das mulheres neste primeiro encontro e ressaltou a importância da mais nova linha de crédito, o Feap Mulher Agro SP. “A força feminina está presente em todas as áreas da Secretaria e do agronegócio em geral: elas devem ser valorizadas e respeitadas”.
As presidentes das Câmaras Setoriais e Temáticas da Secretaria de Agricultura que participaram do encontro são: Celia Maria Pinotti Carbonari (Viticultura, Vinho e Derivados); Christiane Morais (Carne Bovina); Cristina Nagano (Ovos); Fernanda Maria Abilio (Produtos Florestais), Patrícia Galasini (Olivicultura); Roberta Matarazzo Suplicy (Sucos e Bebidas); Suzana Lopes de Araujo (Fungos e Cogumelos) e Vanilda Luciene de Faria Santos (Produtos Apícolas).
FEAP MULHER AGRO SP
Vale lembrar que, neste mês de março, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, o Governo de SP lançou uma linha de crédito de R$ 10 milhões para agricultoras paulistas, implementada por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), voltada às mulheres agricultoras, independentemente do seu estado civil.
A nova linha oferece financiamento para investimentos em atividades agropecuárias, turismo rural e artesanato, dentre outras de interesse das mulheres agricultoras. Quase metade das propriedades da agricultura familiar, segundo dados do IBGE, são comandadas por mulheres. A cada dia, novas agricultoras são incorporadas ao setor, como lavradoras, pecuaristas, pescadoras ou extrativistas.
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