Postado em 24/10/2017 16:47:01
São Paulo (SP) - “Na alimentação, não existe alimento bom ou ruim. Alimento ruim é estragado”. A frase da nutricionista, chef de cozinha e diretora da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), Márcia Terra soa como um tiro certeiro nas convicções de quem opta por alimentos rotulados como saudáveis nas prateleiras de supermercado. O pensamento ganhou reforço de um time de especialistas, entre nutricionistas e engenheiros alimentares, que estiveram reunidos na última quarta-feira (18) durante um evento organizado pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), em São Paulo.
O encontro, que teve como tema “Os desafios e escolhas alimentares da população brasileira” levantou debate sobre a questão da vilanização e idolatria de alguns alimentos e seus impactos no estilo de vida do brasileiro. A ocasião serviu também para apresentar a proposta de um novo modelo de rotulagem para os alimentos. A medida é uma tentativa de reeducar a população e incentivar a liberdade individual na escolha alimentar.
“Acho que o nosso grande desafio hoje é fazer as pessoas deixarem de olhar só pro valor calórico e olhassem também para a questão dos nutrientes presentes no alimento”, afirma a nutricionista Vanderlí Marchiori. O desafio é reflexo dos novos hábitos alimentares do brasileiro que anda excluindo determinados alimentos em troca de escolhas “saudáveis”, o que para Marchiori é um grande engano.
“O grande alimento da moda agora é o coco. Por ser algo natural as pessoas pensam que vão conseguir emagrecer comendo ele no lugar de outros alimentos industrializados, mas se você for olhar, para cada 100g de coco são 400 calorias e 40 gramas de gordura. Não é por isso que ele vai ser vilão, mas dependendo do objetivo a pessoa pode estar se enganando. É preciso saber combinar os nutrientes”, explica a nutricionista.
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