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Notícia
Atmosfera, qualidade e vida útil modificadas
ITAL é pioneiro nas pesquisas sobre embalagens com atmosfera modificada e permanece realizando trabalhos na área

Postado em 16/03/2007 00:00:00

No ano em que completa 25 anos, o CETEA (Centro de Tecnologia de Embalagem) desenvolve trabalhos em uma tecnologia que ajudou a construir, na qual é referência e em que desenvolve pesquisas desde a década de 80: as embalagens com atmosfera modificada. Mesmo que o consumidor não se dê conta disso, a técnica é empregada atualmente em diversos produtos alimentícios como massas frescas, carnes, frutas e hortaliças. Este tipo de acondicionamento pode ser definido como um sistema em que o ar é substituído por uma mistura de gases específica para conservar um determinado produto alimentício. Os objetivos são, essencialmente, dois: alcançar uma maior qualidade e aumentar a vida útil, ao mesmo tempo em que a utilização de conservantes químicos é reduzida. O sistema pode ser dividido, ainda, em duas técnicas empregadas para dois tipos distintos de produtos alimentícios: os que respiram e os que não respiram. No primeiro caso, no qual estão inclusos as massas frescas e os produtos cárneos, a embalagem exerce a função de minimizar a deterioração microbiológica e química e, em alguns casos, a deterioração biológica. Já em produtos que respiram, a tecnologia utilizada é mais complexa, pois a embalagem deve funcionar como uma válvula de controle das trocas gasosas. Além disso, os vegetais e até o tipo de corte utilizado apresentam taxas diferentes de respiração, as quais demandam um acondicionamento diferenciado. Cuidados e desafios As vantagens potenciais da embalagem com atmosfera modificada são indiscutíveis: aumento da qualidade, da vida útil e diminuição do uso de conservantes. Mas, para que elas sejam integralmente aproveitadas, alguns aspectos devem ser respeitados, sob o risco de o sistema não alcançar o resultado desejado. #A pesquisadora do Cetea Claire Sarantopoulos enumera cinco principais: é necessário que o produto tenha uma boa qualidade inicial, especialmente em termos microbiológicos; a mistura de gases precisa estar bem dosada considerando as necessidades específicas de conservação; a cadeia de frios pela qual o alimento irá passar deve ser boa; é necessário que os equipamentos de acondicionamento estejam bem ajustados e, por fim, a embalagem deve oferecer barreira adequada para manter a atmosfera modificada. “O que precisa ser entendido é que a embalagem é um ponto no final do processamento. Se, as outras etapas apresentarem erros, não tem como salvar o produto na etapa final”, alerta a pesquisadora. Ela enfatiza, também, que o acondicionamento com atmosfera modificada não exclui a necessidade de o consumidor estar atento às características de conservação do produto, como a aparência e o odor. Participação do ITAL Além do Cetea, que foi o primeiro centro do ITAL a trabalhar com a tecnologia, outras unidades já estiveram envolvidas com o tema: CTC, Microbiologia, Tecnolat, Lafise, GEPC e Fruthotec. “Foi um bom trabalho de integração entre os centros e com parceiros externos”, conta Claire. Grande parte das empresas que utilizam esse sistema de embalagem no Brasil, de alguma maneira, utilizou os serviços do Instituto. Atualmente, o Cetea trabalha em um projeto em parceria com a RBT (Rede Brasileira de Tecnologia) e com a Embrapa Agroindústria de Alimentos. O projeto tem como tema o acondicionamento de embalagens com atmosfera modificada para frutas e hortaliças e seu objetivo é oferecer apoio ao setor privado para melhorar a tecnologia e a relação custo benefício. Material produzido pela Assessoria de Comunicação Foto: Antônio Carriero Mais informações: 19.3743.1757