Solicite um Orçamento

Notícia
Ital promove "Simpósio Lácteos e Saúde" em novembro

Postado em 21/09/2015 16:24:58

Há pessoas que consideram o leite um alimento benéfico e outras, que o seu consumo é prejudicial à saúde. Resumindo, o consumo de leite e derivados tem se tornado, nos últimos anos, alvo de diversos questionamentos com relação aos seus reais efeitos sobre a saúde.  

É fato que alguns consumidores têm problemas em consumir leite e/ou seus derivados por apresentarem alergia à proteína do leite ou intolerância a lactose (principal açúcar do leite). Porém, tais problemas não inviabilizam o consumo de lácteos por 100% destes consumidores e isso ocorre porque atualmente existem diversas tecnologias industriais e alternativas terapêuticas que estão sendo aplicadas ou testadas e que permitem garantir que grande parte deste público possa vir a consumir lácteos sem efeitos indesejáveis. Um exemplo disso é o aumento no mercado nacional e internacional da oferta de produtos para intolerantes à lactose. 

Apesar da polêmica que existe atualmente sobre o leite, a maioria das pesquisas realizadas até o momento mostra que ele é um ótimo alimento e que seu consumo deve ser incentivado, em razão da importância dos benéficos que podem ser oferecidos por seus componentes.

O leite é uma fonte indiscutível de cálcio (principal fonte de cálcio em termos de quantidade e biodisponibilidade) e de proteínas de elevado valor nutricional e biológico. 

As proteínas do leite além de exercerem diversas funções básicas de nutrição (fonte de aminoácidos para síntese protéica e de energia) e tecnológicas (propriedades funcionais e sensoriais) também possuem regiões dentro de sua estrutura que contêm atividades latentes de proteção e regulação das funções biológicas. Muitas delas possuem propriedades biológicas específicas, que fazem desses componentes potenciais ingredientes de alimentos promotores de saúde, os quais podem afetar beneficamente os principais sistemas corpóreos – cardiovascular, digestivo, imune e nervoso. Tais propriedades das proteínas do leite têm gerado interesse no desenvolvimento de tecnologias de separação e concentração destes componentes lácteos e na sua aplicação em alimentos.

Além dos minerais e das proteínas, o leite também possui lipídeos em sua composição e embora muito se comente sobre o fato de que o consumo de produtos lácteos ricos em gordura (leite integral, manteiga e alguns tipos de queijos) possa aumentar os riscos de doenças cardiovasculares e de obesidade, há evidências científicas que têm demonstrado o contrário, ou seja, que tais componentes podem até reduzi-los.  As pesquisas apontam que esse possível efeito cardioprotetor exercido pela gordura do leite parece estar vinculado, pelo menos em parte, à presença de compostos com efeitos benéficos para o sistema cardiovascular, com destaque para o ácido linoléico conjugado (CLA), o ácido vacênico, o ácido alfalinolênico (ômega-3) e o ácido oléico.

Outro aspecto importante a ser correlacionado aos lácteos é que os mesmos são os principais veículos para microorganismos probióticos, o que torna este alimento ainda mais atrativo quando pensamos em produtos que, ao serem consumidos regularmente, poderão contribuir na prevenção de doenças.

O leite varia em composição entra as espécies e durante as fases de lactação, de modo  a atender as diferentes necessidades de cada mamífero. 

O leite materno é indiscutivelmente a melhor e mais indicada fonte de nutrientes para o recém-nascido. Porém, nas situações em que a mãe não pode ou não tem condições de amamentar seu bebê, uma opção é o uso de fórmulas infantis desenvolvidas a partir do leite de vaca e elaboradas de modo a tornar esta fórmula o mais próxima possível da complexa composição do leite materno. 

Com base nos assuntos abordados anteriormente, o Centro de Tecnologia de Laticínios (TECNOLAT), do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), estará realizando de 17 a 18 de novembro de 2015 o Simpósio “Lácteos e Saúde”. Este evento contará com a participação de vários profissionais da área de nutrição, médica, de tecnologia de alimentos, entre outras. Tais profissionais estarão expondo seus conhecimentos e discutindo o que é o leite, seus componentes, alternativas para atingir diferentes  grupos de consumidores de lácteos (intolerantes, alérgicos, atletas, idosos, crianças, etc),  bem como procurando esclarecer, com base científica, o que é fato e o que é mito em relação ao consumo do mesmo e seus derivados.