Por Jaqueline Harumi | Postado em 02/10/2019 09:58:38 | Atualizado em 08/10/2019 15:45:21
Tradicional premiação do setor de embalagens, a 19ª edição do Prêmio Abre da Embalagem Brasileira contou com 55 profissionais de diversas áreas do mercado no Brasil como jurados, incluindo quatro pesquisadores da Secretaria de Agricultura e Abastecimentos do Estado de São Paulo que atuam no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), vinculado à Agência Paulista dos Agronegócios (Apta). Os premiados podem ser conferidos no site da premiação, organizada pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre).
Das embalagens inscritas, desenvolvidas ou reprojetadas entre 1º de janeiro do ano passado e 30 de junho deste ano, foram 81 vencedoras Ouro, Prata e Bronze e menções honrosas nos módulos Embalagem e Design Gráfico, que incluem os principais segmentos de consumo, Design Estrutural e Tecnologia, que abrangem inovações em tecnologia aplicadas em embalagem, materiais e processos, e Marketing e Especial, que avaliam critérios estratégicos para o setor. Além do Conselho de Jurados, as vencedoras passaram por fases eliminatória e classificatória e voto popular.
No julgamento, foram levados em consideração inovação, funcionalidade, qualidade, apelo de venda, atratividade, sustentabilidade e competitividade. “Os novos materiais de embalagens com a visão de sustentabilidade foram destaque nessa edição, assim como as embalagens personalizadas para nichos específicos de mercado com várias opções de pequeno volume de produção, possibilitando inclusive a impressão de nomes diferentes em cada embalagem. Destacaram-se também as embalagens com impressão digital e com formatos inovadores”, avalia a pesquisadora Ana Paula Reis Nolêtto, que representou o Ital no julgamento presencial.
Além de Ana Paula, representaram o Instituto de forma online os pesquisadores Lea Mariza de Oliveira e Paulo Henrique Kiyataka, os três atuantes no Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea), e a diretora geral do Ital, Eloísa Garcia, que participou de julgamento presencial específico nas categorias Sustentabilidade e Redução de Perdas e Desperdício de Alimentos do módulo Embalagem.
“A embalagem tem inúmeras funções, mas a primeira é de preservação, então ressaltar essa característica e a inovação que tem por objetivo a proteção dos produtos é muito valioso. E pensar na sustentabilidade tem muito a ver com o que o Ital acredita como valores intrínsecos”, frisa Eloísa, que ao longo dos anos de existência de premiação tem representado o Ital como jurada presencial – exceto na edição do ano passado quando a pesquisadora Claire Sarantópoulos foi jurada e profissional homenageada.
Para a presidente da Abre, Gisela Schulzinger, “a sustentabilidade deixou de ser um tema técnico, uma área de uma empresa, para ser uma forma de se entender e de se colocar no mundo. Não é mais sobre qual é o melhor material, mas como conjuntamente vamos construir a melhor solução para as pessoas, para as empresas e para a sociedade”, disse durante a cerimônia de premiação, que ocorreu no dia 26 de setembro.
Gisela ainda explicou a importância do tema “transparência como pilar para buscar novos caminhos”, devendo estar presente não só nos negócios e nas relações como nas intenções. “O que de fato queremos fazer, mobilizar, qual é o legado que queremos construir como setor, qual é o real valor que queremos construir para nosso negócio”, detalhou.
Já a diretora executiva da Associação, Luciana Pellegrino, ressaltou o papel fundamental da embalagem. “A embalagem constrói pontes, acessos, mensagens, valor, impacto. Inovação para a indústria de embalagem é sua forma de colocar e se transformar com a sociedade em consonância com seu desenvolvimento e evolução do seu propósito”, discursou na abertura do evento, que contou com a presença de Eloísa Garcia e da pesquisadora e diretora do Cetea, Sílvia Tondella Dantas, dentre profissionais do setor, estudantes, associados, conselheiros e entidades parceiras da Abre.