Por Setor de Comunicação do Ital | Postado em 29/10/2020 19:30:14 | Atualizado em 29/10/2020 20:07:48
A pesquisadora Rita do Egypto Queiroga considera o leite de cabra tão benéfico à saúde que o compara ao valioso metal, base de joias preciosas. O alimento de origem caprina é o foco de um projeto de pesquisa conjunta entre a Universidade Federal da Paraíba e o Instituto de Tecnologia de Alimentos, em São Paulo. A proposta foi uma das 10 selecionadas na última semana entre 153 submetidas à chamada conjunta de fomento à pesquisa da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) cujo investimento total será de 4 milhões de reais.
A riqueza do ouro branco lácteo vai além da fonte nutricional. A criação de cabras e bodes no Semiárido é uma atividade comum entre a população rural e tem potencial para crescer como atividade econômica e promover o desenvolvimento da região. A outra vertente conduz para a produção de alimentos derivados do leite de cabra, como bebidas lácteas e o queijo artesanal - neste ponto o projeto converge com o refinamento do paladar no desenvolvimento de produtos gourmet, com atenção ao flavour, à textura e ao sabor.
A proposta das pesquisadoras Rita de Cássia Ramos do Egypto Queiroga, coordenadora do laboratório de Bromatologia no Departamento de Nutrição da UFPB, e Maria Teresa Bertoldo Pacheco, do Instituto de Tecnologia de Alimentos, em São Paulo, apresenta ações considerando um modelo de inovação que tem trazido bons resultados: o da tríplice hélice - governo, setor produtivo e universidade. Dessa forma, irá fomentar o arranjo produtivo local (APL) da caprinocultura leiteira com foco em um produto que, ainda por cima, é básico para a segurança alimentar de famílias que vivem em situação vulnerável.