Postado em 25/07/2007 00:00:00
Entre as principais atividades do ITAL, previstas inclusive em sua missão, estão a pesquisa e o desenvolvimento para o agronegócio em benefício da sociedade. Trabalhos que caminham nesse sentido, quando incorporados pelo setor produtivo, viabilizam a inovação – definida segundo a terceira edição do manual Oslo como “a introdução (no mercado) de um bem ou serviço que é novo ou significativamente aperfeiçoado com respeito às suas características ou usos pretendidos”. Assim, a inovação se dá no interior da empresa, enquanto instituições como o ITAL entram como agentes de promoção de inovação tecnológica. Para verificar em que medida essa interação acontece entre o Instituto e a indústria de alimentos, a pesquisadora do Cereal Chocotec Ana Elisa Brito Garcia orientou a aluna de engenharia de alimentos Talita Pires de Camargo Andrade na pesquisa O papel do ITAL como agente do processo de inovação do desenvolvimento tecnológico visto através do impacto dos projetos de P&D na iniciativa privada. O trabalho – que contou com a colaboração da pesquisadora do Fruthotec Sílvia Pimentel Marconi Germer – demonstrou que o ITAL desempenha esse papel. #Para isso, utilizaram como exemplo dois centros: o Cereal Chocotec e o Fruthotec. “Eu sabia que teríamos que fazer uma análise dos projetos que são feitos para as empresas e que teríamos que pegar cada um e ir até os clientes para saber exatamente o que o ITAL está fazendo. Foi assim que surgiu a idéia”, conta Ana Elisa. Foram, deste modo, analisados todos os projetos contratados pela indústria entre 1995 e 2005, no Cereal Chocotec, e entre 2000 e 2006 no Fruthotec, em um total de 157. A proposta e o relatório final de cada pesquisa foram analisados e o líder de cada projeto foi entrevistado. Além disso, foram enviados às empresas questionários adaptados a cada unidade, mas com questões relativas à inovação, e específicos de cada projeto desenvolvido para o cliente, com o objetivo de saber se tinha sido implementado e quais os resultados econômicos e de mercado resultantes da implementação. O retorno de 27% dos questionários resultou na obtenção de uma boa amostra. As pesquisadoras verificaram que a maioria dos pedidos vem do Estado de São Paulo, a média de projetos por empresa foi de 1,3 para o Cereal Chocotec e 1,1 para o Fruthotec. Este realizou mais trabalhos na área de desenvolvimento de produtos e processos, viabilidade técnica e anteprojeto industrial, enquanto, no Cereal Chocotec, a demanda foi maior no desenvolvimento de produtos e processos, no estudo de desempenho de aditivos e em novos ingredientes. Quanto à resposta a questão que motivou a pesquisa, concluiu-se que os centros agiram como agentes de inovação e ajudaram a viabilizar ganhos de rentabilidade e competitividade. “Utilizando o exemplo dos dois centros, podemos concluir que o ITAL cumpre esse papel, produz inovação em algum grau na maioria dos trabalhos contratados por empresas”, conclui a orientadora do projeto. Material produzido pela Assessoria de Comunicação Foto: Antônio Carriero Mais informações: 19.3743.1757