Solicite um Orçamento

Notícia
Encontro dos Núcleos de Inovação Tecnológica debate segurança jurídica e oportunidades para os pesquisadores da Apta

Postado em 24/11/2016 15:06:46

No I Encontro dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realizado em 16 de novembro de 2016, em Campinas, as palavras que resumiram o evento foram: segurança jurídica, inovação e oportunidades. Cerca de duzentos participantes lotaram o auditório do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) para debater os novos aparatos jurídicos disponíveis para os institutos de pesquisa mantidos pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta).

O chefe de Gabinete da Secretaria de Agricultura, Omar Cassin Neto, que foi moderador das apresentações, ressaltou o pioneirismo da Secretaria de Agricultura no Estado de São Paulo ao organizar a legislação que normatiza a inovação e as parcerias público-privadas, por meio da Resolução nº 12, de 11 de março de 2016. “A nossa Pasta servirá de modelo para o Estado”, afirmou.

Ele ressaltou que a nova estrutura abre dois nichos de atuação: possibilidade de estabelecer parceria público-privada e outro, na permissão para o pesquisador participar na exploração econômica da pesquisa.

Para o coordenador da Apta, Orlando Melo de Castro, o Encontro mostrou aos pesquisadores da Secretária as linhas gerais em torno da inovação tecnológica e como poderão fazer parcerias. “As regras estão estabelecidas e os detalhes serão tratados caso a caso. Os especialistas passaram a conhecer os regramentos, em que as fundações serão parceiros ativos nesse processo, e a importância dessas interações para proporcionar ganhos para os institutos e os pesquisadores”, explicou.

Na opinião do coordenador, o recurso privado decorrente dessas parcerias agilizará os processos de pesquisa. “As empresas terão a nossa expertise à disposição em seus projetos e, por fim, a sociedade ganhará por ter acesso a produtos e serviços de melhor qualidade”, resumiu.

O papel do NIT é promover o desenvolvimento e a implementação da inovação nos institutos de pesquisa e assessorar seus dirigentes, que passaram a ter competência para assinar parcerias com a iniciativa privada.

O coordenador da Apta explicou que cada instituto tem seu próprio NIT, em razão das particularidades de cada unidade. Com esses núcleos, a estratégia é atualizar o paradigma de ciência e tecnologia no sistema da Apta e tornar seus institutos a maior fonte paulista e brasileira de tecnologia de suporte e inovação. “Temos que amadurecer nas formas de relacionamento com as empresas, de modo a obter retorno organizado e profissional para todas as partes”, disse Castro.

O procurador do Estado em exercício, na Subprocuradoria Geral da Consultoria Geral, Fábio Augusto Daher Montes, disse que a Secretaria de Agricultura foi precursora desta regulamentação. Ele acredita que a norma será replicada para outras secretarias estaduais.

Na opinião de Montes, o desafio será escolher o melhor caminho para estabelecer as parcerias. “É preciso definir o caminho da transparência nas linhas de pesquisa e chamar o setor privado para conversar, por exemplo, em eventos”, disse.

Já Cassim Neto ressaltou que a interação com o setor privado e os investimentos decorrentes das parcerias serão fundamentais para a manutenção das pesquisas, sobretudo nos últimos dois ou três anos, em que a arrecadação do Estado foi reduzida, em função da crise econômica.

“Esta situação veio reforçar a necessidade de estabelecer parcerias com a iniciativa privada”, disse.Para o chefe de Gabinete da Pasta, as empresas estão preparadas para interagir com as instituições de pesquisa. “O setor privado tem as instituições de pesquisa como parâmetro. Portanto, havendo possibilidade, é natural que surja o interesse pelas parcerias”, acredita. Ele afirma que é preciso haver segurança jurídica para as partes envolvidas, com regras bem definidas que resguardem a todos.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, afirmou que o estabelecimento desses critérios é um avanço para a pesquisa científica e o agronegócio, pois normatiza os instrumentos jurídicos que facilitam as relações entre os institutos e a sociedade. “Este caminho é condição de sobrevivência dos institutos e necessário para manter São Paulo na vanguarda da pesquisa, da transferência do conhecimento e da inovação, como nos orienta o governador Geraldo Alckmin”, afirmou.

Para o pesquisador do Polo Regional da Apta do Centro Sul, Edmilson José Ambrosano, o tema inovação nunca foi tão bem tratado, como ocorreu neste I Encontro. Para ele, os NITs e o aparato legal irão regulamentar situações que ocorrem há muito tempo, porém de forma desorganizada. “A gente precisava da segurança legal, de diretrizes que amparem o pesquisador”, disse.

O pesquisador se lembra de parceria feita no final da década de 80 e que, por falta de normas, deixava o pesquisador na condição de “clandestinidade”. “A gente não era visto com bons olhos, nem pelos colegas. Agora vai dar transparência para as empresas nos procurarem”, avaliou.

Notícias Relacionadas

Divulgação científica
30/05/2025 00:00:00
NPOP-PBIS
A inovação da proteína vegetal feita no Brasil


Notícia
26/05/2025 00:00:00
Cacauicultura
Cacau: novo nicho de mercado cresce no estado de São Paulo


Divulgação científica
23/05/2025 00:00:00
NPOP-PBIS
Proteína doce: a ciência para adoçar sem açúcar


Notícia
20/05/2025 15:57:02
Pós-graduação
Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos do Ital recebe inscrições até 16 de junho


Notícia
15/05/2025 09:52:52
Oportunidade
Ital oferece pós-doc dedicado a reciclagem de plásticos pós-consumo