Postado em 23/06/2006 00:00:00
#Já pensou em, no lugar de pipoca e salgadinhos, comer frango enquanto assiste aos jogos do Brasil? Com os sticks de frango desidratados produzidos no ITAL isso seria possível. Em forma de bastão, eles são feitos para ser consumidos durante os lanches, no lugar, por exemplo, de salgadinhos. O mercado consumidor mais forte em produtos deste tipo está nos Estados Unidos, onde snakcs de carne desidratadas já são tradicionais e consolidados. Ainda assim, somente produtos de carne bovina são encontrados. Logo, o stick desenvolvido no ITAL representa uma inovação no mercado de produtos cárneos desidratados e uma opção a mais para o consumidor e para as indústrias de produtos feitos a partir da carne de frango. Desenvolvimento #O pesquisador Manuel Pinto Neto, do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Carnes (CTC), conta que o produto foi desenvolvido a partir do envolvimento de pesquisadores em cursos de aproveitamento de carne bovina e de frango realizados pelo Centro. Houve, assim, uma adaptação do processo aplicado à carne bovina, que envolve cura, secagem, desidratação e defumação, para a carne de frango. São utilizadas, deste modo, as chamadas partes nobres do frango, ou seja, coxa e sobrecoxa. E também podem ser usados retalhos de desossa. Segundo Manuel, este tipo de alimento funciona como forma de agregar valor à carne. “Como o custo da matéria-prima do frango, principalmente nos últimos tempos, está relativamente barata, é uma opção para agregar valor”, afirma. Mercado Consumidor Produtos feitos a partir de carne bovina já foram comercializados no Brasil, sem ter resultados muito satisfatórios. “A maior parte dos produtos feitos aqui é exportada para os Estados Unidos mesmo. Eles aproveitam as facilidades econômicas – matéria-prima, instalação, mão-de-obra – para fazer esse produto aqui e mandar para fora”, conta. Essa resistência do consumidor brasileiro pode estar ligada a um hábito consolidado. “Na verdade, ele diferencia um pouco dos salgadinhos porque é um produto que você tem que mascar. Não é do nosso hábito ficar mascando este tipo de produto”, opina. Mas, mesmo mantendo a necessidade de mascar, a história com o frango pode ser diferente, como indicam análises sensoriais realizadas no Instituto. “O apelo pelo fato de ser frango já é diferenciado. Em termos de qualidade sensorial, as pessoas que experimentaram tiveram uma preferência pelo produto de frango em relação ao de carne bovina. O produto teve uma boa aceitação, e quem gosta consome”, diz Manuel, acrescentando que uma mudança de hábitos é possível. “É tudo uma questão de desenvolver mercado”, conclui. O stick ainda não foi comercializado, mas caso haja interesse de indústrias do ramo, ele já pode ser colocado no mercado. “Mas, como todo produto, ele sempre sofre certa modificação, adaptação ao mercado, ao costume regional...”, finaliza Manuel. Material produzido pela Assessoria de Comunicação Foto: Antônio Carriero Mais informações: 19.3743.1757