Postado em 02/06/2006 00:00:00
As transformações pelas quais passa o planeta, com grande influência da atuação do homem, tornou a questão ambiental uma pauta tão urgente quanto freqüente. Não foi à toa, portanto, que o dia 5 de junho foi reservado para que as atenções se voltem para o meio ambiente. Mas, no ITAL, um grupo foi criado para pensar a temática constantemente. Atenta à importância da discussão e de sua transposição para a área das indústrias de alimentos, a diretoria do ITAL criou o Grupo Especial do Meio Ambiente, com os objetivos de integrar as atuações que já existiam no Instituto, capacitar membros de diversas unidades técnicas na área ambiental e, assim, desenvolver projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico voltado para esta área de atuação. #Depois da realização, em 2002, do Seminário A indústria de alimentos e o meio ambiente e da publicação do livro homônimo – ambos com boa receptividade - as atividades não pararam mais. A coordenadora do Grupo e pesquisadora do Fruthotec, Sílvia Germer, fala dos trabalhos em que os membros estão envolvidos no momento. “Nós fizemos algumas propostas de trabalho e de parceria com outras instituições e estamos em um projeto sobre barreiras técnicas ambientais”, conta. O projeto procura verificar as percepções das empresas exportadoras acerca das barreiras técnicas às quais devem se adequar. A pesquisa é desenvolvida pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ligado à Escola Superior de Agricultura Luís de Queiroz (Esalq), em parceria com outras instituições além do ITAL, como INMETRO, IPT e CNI. Sílvia conta que, a partir dos primeiros contatos com as empresas, foi possível perceber que sua adequação às normas (exigências voluntárias dos mercados) e regulamentos (requisitos oficiais) se dá mais pelos prejuízos materiais que a não-adequação pode acarretar do que por uma consciência ambiental. “Não dá para dizer se o setor como um todo está fazendo isso só por obrigação. Mas dá para adiantar que, no geral, o setor produtivo faz quando é obrigado, mesmo porque é uma questão que envolve custo. As empresas obedecem a nossa legislação ambiental porque são obrigadas, e aderem às normas voluntárias, como a certificação orgânica, porque estão enxergando nichos de mercado”, conta. Assim, mesmo que por questões comerciais, a preocupação ambiental segue um caminho ascendente dentro das empresas. Sílvia indica, neste sentido, assuntos a serem pensados no Dia do Meio Ambiente. “A sociedade como um todo tem prestado mais atenção nas questões ambientais. Principalmente nos países mais desenvolvidos, há uma preferência por produtos que têm essa preocupação. E com os tratados internacionais de comércio, as barreiras comerciais têm caído e as barreiras técnicas têm crescido em importância. Dentre estas, estão as barreiras ambientais, que podem estar bem no início, mas que vão crescer cada vez mais. As empresas vão ter que ter essa preocupação”, diz. E o trabalho do Grupo Especial do Meio Ambiente do ITAL, caminha no sentido de atender à demanda que tende a ser cada vez maior. “Essa é uma oportunidade de trabalho para nós, de desenvolver processos e produtos mais ‘limpos’, com tecnologias mais ‘limpas’. E são poucos os grupos que trabalham com pesquisa nesta questão”, conclui Sílvia. Material produzido pela Assessoria de Comunicação Foto: Antônio Carriero Mais informações: 19.3743.1757