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ITAL recebe países integrantes do Sigma Chain
Encontro vai verificar resultados e discutir os rumos do projeto da União Européia para mapear riscos de contaminação em cadeias de alimentos

Postado em 02/10/2007 00:00:00

#Constituído por sete países, o Sigma Chain foi iniciado em abril de 2006 com o objetivo de desenvolver um guia eletrônico mapeando as vulnerabilidades nas cadeias de alimentos e rações a substâncias ou agentes perigosos. O Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-APTA/SAA*), única instituição fora da Europa a participar do projeto, vai receber os representantes dos demais países – Irlanda, Alemanha, Holanda, França, Polônia e Noruega – no dia oito de outubro. Na ocasião, será realizada uma reunião que marca a metade dos trabalhos, cuja conclusão está prevista para março de 2009. “Nesse encontro vai ser feito um balanço do que já foi realizado. O líder de cada um dos seis grupos de trabalho - quatro técnicos, um administrativo e um de demonstrações – vai falar do estágio em que está e o que falta. E, para nós, também é uma ocasião de mostrar o que estamos fazendo”, defende o Diretor Técnico do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Carnes (CTC), Nelson Beraquet, representante do Instituto no Sigma Chain. Quatro alimentos foram escolhidos para estudo de caso no projeto por serem considerados de alto risco de contaminação: o frango e o salmão – cujas cadeias percorrem longas distâncias; a água potável, que pode ser contaminada de maneira rápida e o leite em pó, no qual o risco se agrava pela quantidade de misturas na formulação. Os produtos escolhidos contemplam, deste modo, três categorias de risco. Os modelos desenvolvidos deverão, posteriormente, servir de parâmetros para outros alimentos. “Vamos fazer um modelo em que serão avaliados todos os riscos de cada elo da cadeia e desenvolvidos sistemas de medidas a serem tomadas. E, de um modo geral, os resultados vão poder ser aproveitados por todos”, explica Beraquet. O trabalho, segundo ele, é essencialmente de levantamento amplo de informações, de modo a oferecer um panorama geral dos sistemas desde a produção até a mesa do consumidor. Para chegar a esse modelo, estão previstas cinco etapas a serem cumpridas com os alimentos escolhidos como estudo de caso: a primeira compreende a identificação de todos os possíveis contaminantes dessas cadeias (parte já concluída), especificando onde cada um pode entrar e qual o método de análise mais adequado para detectá-lo. Em seguida, as quatro cadeias são estudadas e mapeadas. A terceira etapa se refere à colocação dos riscos em um ranking gerado por modelos matemáticos. Por fim, as etapas quatro e cinco tratam, respectivamente, da montagem da estrutura do guia e da divulgação das informações obtidas. #“Ao final, os atuantes dos vários segmentos vão estar mais bem informados sobre o seu segmento e poderão tomar providências. Por outro lado, o consumidor que se interessar pelo assunto vai ser beneficiado principalmente pela informação. O projeto também envolve as políticas públicas, mesmo que essa não seja uma conseqüência obrigatória, já que uma das ações é apresentá-lo para legisladores para que eles vejam onde é possível intervir ou fazer sugestões de intervenção”, conta Beraquet. O ITAL, como representante de uma visão internacional do processo, atua nas várias etapas e auxilia todos os grupos, cumprindo tarefas como levantar informações sobre como se dá a travessia de um produto por uma fronteira e os riscos que ela acarreta. “Temos a função de colaborar, dividimos os trabalhos entre os nossos pesquisadores, do CTC e de outras unidades especializadas do ITAL”, conclui o pesquisador. * Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios / Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo Material produzido pela Assessoria de Comunicação Foto: Antônio Carriero Mais informações: 19.3743.1757