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Notícia
ITAL trabalha no desenvolvimento de bebidas saudáveis
Funcionais e orgânicas são temas de pesquisas

Postado em 05/11/2008 00:00:00

#Seguindo uma busca cada vez maior do consumidor por alimentos e bebidas que promovam benefícios à saúde e sejam seguros, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento) amplia pesquisas que estão de acordo com esta tendência. Nesse sentido, a pesquisadora Gisele Anne Camargo trabalha – com a equipe do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Frutas e Hortaliças (Fruthotec-ITAL) – no desenvolvimento de um “mix” orgânico de acerola e maracujá e de uma bebida orgânica e funcional de açaí e maracujá, ambos enriquecidos com polpa de banana verde. O trabalho foi realizado com colaboração da Unicamp e apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Com o crescimento dos mercados de funcionais e orgânicos, não só o interesse dos consumidores por este segmento aumenta, como também o dos pesquisadores em desenvolver produtos diferenciados e das empresas em produzi-los. “Algumas empresas nos procuram para isso. As demandas que recebemos ainda são prioritariamente individuais e de empresas menores”, relata Gisele. O setor de bebidas orgânicas e funcionais no Brasil é relativamente novo, mas a perspectiva é de um crescimento rápido. “A polpa de banana verde possui uma grande quantidade de um amido resistente, que é considerado uma fibra solúvel, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, explica Gisele sobre o ingrediente aplicado nas duas bebidas. Seus efeitos potenciais estão, assim, ligados à capacidade de melhoria do funcionamento do intestino, à diluição de compostos potencialmente tóxicos e cancerígenos e à diminuição dos níveis de glicose, insulina e triglicérides. Além disso, é fonte de nutrientes, como as vitaminas A1, B1, B2, potássio, fósforo e iodo. #Os outros ingredientes das bebidas também consideraram aspectos nutricionais, além de sabor, custo e facilidade de acesso. O maracujá, por exemplo, ao mesmo tempo em que contribui para um sabor mais agradável, é rico em ácido cítrico (antioxidante), sais minerais e carotenóides (precursores da síntese da vitamina A). A acerola, por sua vez, é riquíssima em vitamina C e, por fim, o açaí é rico em vitamina E e minerais, fibras, lipídeos e proteínas, além de ingredientes que favorecem o controle do colesterol. “Juntamos vários componentes com o objetivo de formar bebidas funcionais”, relata Gisele. Embora perdas de parte destes compostos durante o processamento sejam naturais, a coordenadora do projeto ressalta que foi buscado um procedimento que garantisse a qualidade, mas fosse o mais brando possível, evitando perdas maiores. No decorrer dos trabalhos, os pesquisadores caracterizaram as polpas, testaram formulações com diferentes concentrações e fizeram testes com provadores não-treinados para avaliar a aceitação dos produtos. As bebidas estão, deste modo, desenvolvidas; em etapas posteriores, os pesquisadores vão verificar seu comportamento durante o tempo de estocagem. “São três tipos de produto: o smoothie, cuja consistência é mais cremosa, o suco e o néctar [suco não fermentado produzido a partir da diluição da polpa em uma solução de água e sacarose] de acerola e maracujá”, conta Gisele. A pesquisadora ressalta, todavia, que o consumo esporádico das bebidas não significa a obtenção do efeito funcional; para isso, é necessário consumir continuamente alimentos com as características desejadas. Já há a possibilidade de os produtos, na etapa de desenvolvimento em que se encontram, serem fabricados por empresas interessadas, as quais devem entrar em contato com Gisele. Material produzido pela Assessoria de Comunicação Foto: Antônio Carriero (Gisele Anne Camargo) e arquivo Fruthotec (bebidas) Mais informações: 19.3743.1757