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Mudança em rótulos é viável para empresas
Pesquisadora do CETEA afirma que o prazo determinado pela ANVISA é suficiente para adequação

Postado em 01/08/2006 00:00:00

A partir de hoje passa a valer a norma nº. 360 de 2003 da ANVISA, que determina que informações como quantidade de gordura trans, valor energético, teor de carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas e sódio estejam contidas nos rótulos de produtos alimentícios. Além disso, produtos que apresentam a quantidade da porção em gramas ou mililitro terão que fazer a correspondência para medidas caseiras, como colher ou xícara, e o valor de referência deve passar de 2500 kcal para 2000 kcal diárias. #Até o dia 31 de dezembro, porém, as empresas que ainda não estiverem adequadas serão somente notificadas. Apenas a partir desta data serão feitas autuações. Segundo a pesquisadora do Centro de Tecnologia de Embalagens (CETEA), Eloísa Elena Correia Garcia, o prazo dado pela Anvisa é suficiente para a adaptação dos rótulos, principalmente no que se refere às grandes empresas. “Geralmente a indústria acompanha o processo de modernização de legislação, principalmente as de maior porte e as associações. Então é pouco provável que uma mudança de legislação na área de alimentos seja de repente, de uma hora para a outra. A questão da rotulagem, já se estava sabendo que ia ter uma modificação”, afirma. O processo de modificação dos rótulos para adequação à nova norma, assim como seu grau de dificuldade, depende do tipo de embalagem utilizada. “Para algumas embalagens como, por exemplo, um vidro com rótulo de papel, vai ser mais fácil do que uma embalagem que requer mudar os cilindros de impressão e tudo mais”, explica. Os rótulos de papel trabalham com fotolito e chapa off-set, o que torna a alteração mais fácil e barata do que, por exemplo, em embalagens metálicas, que trabalham com flexografia, utilizando cilindros de bronze. A maior dificuldade associada às empresas menores está ligada ao tamanho do lote de embalagens com o qual elas trabalham. Para conseguir tornar o pedido com um número aceitável para as indústrias de embalagens, essas empresas trabalham com grandes lotes, o que dificulta a adaptação imediata. Ainda assim, a pesquisadora considera esse obstáculo contornável. Mesmo o custo que a transformação demanda tende, segundo a Eloísa, a ser absorvido. Para ela, o maior trabalho que as empresas alimentícias irão ter é com a realização das análises para obter as informações necessárias. Mas a pesquisadora defende que, por ir ao encontro dos interesses do consumidor, a alteração deve ser vista como benéfica pelas indústrias de alimentos e de embalagens. “A indústria está fazendo um produto de consumo, então o interesse dela é o que é melhor para o consumidor. Ele tem que ter as informações que a saúde pública julga necessária”, conclui. Material produzido pela Assessoria de Comunicação Foto: Antônio Carriero Mais informações: 19.3743.1757