Por Jaqueline Harumi | Postado em 27/04/2022 08:45:05 | Atualizado em 21/06/2022 10:37:02
O Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) colocou em operação um novo sistema de vibração que aumenta a capacidade de realização de ensaios de desempenho de embalagens e produtos durante o transporte e distribuição. Fruto do investimento de aproximadamente R$ 303 mil a partir de diferentes projetos de fomento, a inauguração é mais uma ação do órgão de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, dentro do Programa de Metas do governo estadual.
“Esse sistema de vibração, assim como o que temos em uso há mais de 30 anos, permite a realização de ensaios de vibração senoidal e randômica, porém o novo possibilita ainda faixas de aceleração e frequências superiores, ampliando nosso escopo de atuação”, ressalta o pesquisador Tiago Dantas, que integra o corpo técnico do Cetea dedicado a PD&I em transporte e distribuição, além de ser diretor do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do Ital.
As primeiras aquisições foram feitas com verbas do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT): acelerômetros e plataforma de alumínio de 1 m² com aproximadamente R$ 46 mil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) através de edital de apoio à manutenção de equipamentos do CT-Infra 02/2003; unidade hidráulica e atuador com R$ 80 mil da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) via Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec) e Rede Nacional de Análise de Alimentos (Renali) em 2012.
Já a Fundação de Amparo à Pesquisa de SP (Fapesp) financiou o restante do investimento através do Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP) do Ital: com aproximadamente R$ 95 mil fez-se a adaptação de uma sala anexa ao Laboratório de Embalagens para Transporte e Distribuição do Cetea, a qual recebeu a unidade hidráulica do sistema, e a construção de uma base sísmica em concreto armado de quase 40 toneladas para fixação do atuador, cuja interface é feita por um controlador adquirido por R$ 82 mil e que integra o programa de Equipamentos Multiusuários (EMU).
Investimento via PDIP possibilitou adequação de sala anexa ao laboratório que abriga unidade hidráulica do novo sistema de vibração
Segundo Tiago Dantas, cada componente foi adquirido separadamente em função do elevado custo de sistemas prontos disponíveis no mercado. “Considerando-se apenas os componentes do sistema de vibração (plataforma, unidade hidráulica, atuador e controlador), foi possível uma economia de aproximadamente R$ 1,2 milhão, visto que um sistema similar pronto disponível por fabricantes de equipamentos para laboratório pode custar por volta de US$ 300 mil”, afirma. Outras informações podem ser solicitadas pelo site do Cetea.