Por Setor de Comunicação do Ital | Postado em 03/08/2020 09:53:58 | Atualizado em 04/08/2020 16:22:24
A crise do coronavírus trouxe um olhar fundamental para a necessidade do reforço da segurança alimentar, incluindo o setor cervejeiro. Afinal, a produção tem papel preponderante para a saúde mundial. E os desafios estarão reforçados mesmo ao fim da pandemia da Covid-19. Esses foram alguns dos temas abordados durante o Seminário Alimentos Seguros, realizado e promovido pela Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo (Aeasp).
“Precisamos nos preocupar com a qualidade e a sanidade dos alimentos. A exigência da sociedade com a questão já vinha crescendo e certamente será ainda maior com surgimento da Covid-19. O importante é que todos os sistemas de produção sigam rigorosamente os critérios preconizados a cada um deles”, afirmou o presidente da Aeasp, João Sereno Lammel, durante o evento.
Outra conclusão dos debates envolveu a necessidade de cumprir as medidas que garantam a segurança alimentar como algo primordial para a manutenção do Brasil como força relevante no agronegócio mundial. [...]
Novas exigências do consumidor
Além disso, a crise do coronavírus se deu em um cenário que já apontava algumas mudanças no padrão de consumo da população. Em geral, o aumento das opções e a busca pela diversidade se dão somadas com a preocupação sobre a origem e o processo de produção do que está sendo ingerido, como destaca a pesquisadora Marta Taniwaki, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital).
“Hoje, o consumidor tem o direito de saber o que tem dentro da embalagem, mas também como esse alimento foi produzido. Se foi produzido respeitando as regras ambientais, as emissões de gases e, no caso de produto animal, se houve a prática do bem-estar animal. Também há um aumento de demanda por alimentos éticos, produtos sazonais cultivados localmente e sustentáveis. As percepções do consumidor de alimentos não seguros levam ao desperdício”, ressaltou Marta.