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Pesquisa busca aumentar vida útil de palmito in natura
Tese de doutorado de pesquisadora do ITAL procura alternativas à comercialização em conserva

Postado em 29/11/2006 00:00:00

#Embora a palmeira pupunheira tenha diversas possibilidades de aproveitamento econômico – como processamento de farinha, extração de óleo e aproveitamento da madeira – a mais conhecida pelo consumidor é a produção de palmito, principalmente em conserva com salmoura e ácido cítrico. Mas esta espécie específica é capaz de consolidar um outro tipo de consumo: o do palmito in natura. A procura pelo produto ainda não está muito disseminada, mas sua comercialização já é realizada no varejo, no mercado interno e externo, e seu potencial despertou a atenção dos produtores. Um obstáculo, porém, dificulta que a produção e procura pelo produto sejam ainda maiores: a pequena vida útil do alimento. #Diante deste cenário, a pesquisadora do GEPC (Grupo de Engenharia e Pós-Colheita), Sílvia Regina de Toledo Valentini, decidiu dedicar sua tese de doutorado a pesquisar maneiras de ampliar a vida útil do palmito pupunha in natura. “Resolvi trabalhar com esse tema porque fui procurada por produtores que já estavam comercializando o palmito dessa forma, mas queriam ampliar a vida de prateleira, que era muito baixa”, conta Sílvia. A palmeira passou a ser cultivada para fins comerciais no final da década de 80, principalmente impulsionada pela extração indiscriminada das palmeiras Euterpe edulis, que dá origem ao palmito ‘Juçara’. Atualmente, estudos recentes estimam a existência de 60 mil hectares de pupunheira plantados em 13 estados, entre eles São Paulo, Pará, Santa Catarina e Goiás, e o Brasil é o maior produtor, consumidor e exportador de palmitos da espécie no mundo. A pesquisadora diz que o ‘Pupunha’ é o mais adequado para a comercialização in natura, principalmente por não apresentar escurecimento causado pela ação das enzimas após o corte, ao contrário dos palmitos ‘Juçara’ e ‘Açaí’. Ainda em comparação com estes dois tipos, o ‘Pupunha’ é mais doce, apresenta coloração amarelada e textura mais macia, características que ajudam a garantir uma boa aceitação por parte dos consumidores. Para alcançar o objetivo central da pesquisa, porém, diversas etapas ainda precisam ser percorridas, já que não há estudos acerca da fisiologia do vegetal, principalmente devido ao fato de quase sua totalidade ser comercializada em conserva. Assim, Sílvia conta que precisará começar pela caracterização para chegar à tecnologia. A primeira fase do trabalho foi concluída: com o auxílio da bolsista PIBIC/CNPq Aline Yumi Sakata, foi possível observar a taxa respiratória, que determina a perecibilidade do produto, e a produção de etileno, a qual influi em mudanças bioquímicas, do palmito armazenado em diferentes temperaturas. Depois dessa primeira etapa, as próximas tratarão da caracterização enzimática, da seleção de embalagens, de ensaios de embalagens e refrigeração, de embalagem em atmosfera modificada e da refrigeração. A idéia é que, ao final, seja alcançada uma inovação, referente à durabilidade suficiente para a comercialização do produto inclusive para o mercado externo. Material produzido pela Assessoria de Comunicação Foto: Antônio Carriero Mais informações: 19.3743.1757