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Notícia
Dia do Servidor Público
Saiba como o trabalho dos servidores da agricultura paulista chegam até você
Ações voltadas a pesquisa, defesa agropecuária e extensão rural contribuem para levar desenvolvimento ao campo e alimento saudável ao consumidor

Por Comunicação SAA | Postado em 25/10/2024 17:23:54 | Atualizado em 25/10/2024 17:24:03

Trabalho de extensão rural fortalece produtores (crédito: Cati)

Em 28 de outubro é celebrado nacionalmente o Dia do Servidor Público em homenagem aos homens e mulheres que dedicam suas carreiras a desempenhar e melhorar continuamente os serviços públicos tão essenciais à população de cada município e estado e do País. Em São Paulo, os servidores públicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento são responsáveis por levar adiante projetos e programas que trazem desenvolvimento e dignidade à população rural, ao mesmo tempo que garantem que os consumidores sigam tendo acesso a mais e melhores alimentos, indústria e matérias-primas indispensáveis, sempre com foco na garantia da sanidade e na sustentabilidade.

Conheça abaixo algumas ações das coordenadorias da Agricultura de SP e como elas beneficiam você e sua família.

Pesquisa científica aumenta produção agropecuária e leva mais comida para o prato do brasileiro

A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) é a maior agência estadual de pesquisa agrícola do Brasil. Suas sete instituições públicas de pesquisa são referência no País e no exterior no desenvolvimento de tecnologias e prestação de serviços que são fundamentais para garantir que o alimento que chega na casa do consumidor seja seguro e de qualidade. Veja como isso impacta sua vida:

Sanidade em boas mãos

Assim como os animais e os seres humanos, as plantas também podem ficar doentes. Quando isso acontece em uma plantação, a produção pode ficar comprometida e o agricultor tem prejuízo. Agora, quando são muitas plantações atingidas ao mesmo tempo, a população pode ter menos alimentos disponíveis e os preços ficam mais altos. Para evitar que isso aconteça, o estado de São Paulo conta com o trabalho dos servidores públicos do Instituto Biológico (IB). No Laboratório de Fitovirologia e Fisiopatologia do Centro de Pesquisa em Sanidade Vegetal, os pesquisadores estudam vírus e viroides importantes para a agricultura, monitoram os vírus e seus vetores, pesquisam alternativas de controle e fazem análises para determinar sua presença nas plantas cultivadas. O objetivo é evitar epidemias de novos vírus e/ou vírus emergentes. Como resultado, os produtores conseguem colher e comercializar sua produção, garantindo alimento para a população. Graças ao IB, a sanidade agrícola está em boas mãos.

Leite A2: ampliando o acesso

O Instituto de Zootecnia (IZ) foi pioneiro no desenvolvimento de metodologia para detecção e quantificação dos alelos A1 e A2 da betacaseína em leites e seus derivados, possibilitando a certificação do leite A2 e também a seleção de rebanhos que produzem esse tipo de leite. Essa metodologia alavancou a produção e comércio de leite A2 no Brasil. De acordo com Aníbal Vercesi, diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Genética e Biotecnologia, onde foi desenvolvida a metodologia, o leite A2 é mais digestível para pessoas que têm algum grau de intolerância à beta casomorfina 7 (BCM-7), que é um produto da digestão da beta caseína A1. “Cerca de 20% a 30% das pessoas apresentam algum tipo de desconforto com o processo de digestão da proteína A1 presente no leite, como estufamento e desconforto estomacal”, relata. Isso não acontece quando consomem o leite A2. O leite é uma importante fonte de nutrientes como lipídeos, carboidratos, proteínas de alta qualidade, sais minerais e vitaminas, e é uma boa opção para todas as fases da vida. Porém há muitos relatos de pessoas que não consomem leite por ter alguma dificuldade na sua digestão. A produção e certificação do leite A2 é fundamental para essa parcela da população.

Fomento a pesca, aquicultura e consumo de pescado

Com mais de 55 anos de existência, o Instituto de Pesca (IP) realiza pesquisas científicas e tecnológicas que visam aumentar a produtividade e a exploração sustentável dos recursos aquáticos. De maneira específica, a instituição desenvolve estudos sobre pesca, aquicultura e recursos hídricos pesqueiros, e, em sentido amplo, atende às demandas do setor, seja do mercado ou do consumidor final. Na visão do IP, uma das grandes contribuições dos servidores junto à sociedade são os trabalhos que incentivam o consumo de pescado em SP e no País, como o evento Tem Peixe na Vila e o projeto Pescado para Saúde. Assim, desenvolvem seus trabalhos sempre pensando em soluções que foquem na melhoria da produção e da segurança alimentar, no respeito ao meio ambiente e à sustentabilidade, e em soluções voltadas para toda a cadeia de valor e a sociedade.

Políticas públicas

Para o diretor geral da Apta Regional, Daniel Gomes, os servidores públicos da instituição são elos fundamentais e indispensáveis no gerenciamento, condução e análises técnico científicas das pesquisas agrícolas de SP. Possuem atuações de alto nível técnico e especificidade de produtos, processos tecnológicos e enquadramento social, atendendo demandas bem específicas e pouco contempladas em outros setores. "Os servidores da Apta Regional (com 18 Unidades de Pesquisa e Desenvolvimento) levam consigo mais uma especial missão, em atender e desenvolver ciência e tecnologias nos mais distantes rincões do Estado, promovendo novas cadeias produtivas, fortalecendo agricultura local e mercado", destaca. Daniel exemplifica com uma das áreas, de grande destaque, sobre pesquisas de produção agroecológica, fomentada na Apta Regional pela Rede de Agroecologia Regional (RAR) e pelo projeto Políticas Públicas para uso de Plantas Medicinais, Aromáticas e Fitoterápicos (PMA) na rede pública e privada de saúde. “Para SP o projeto de pesquisa de alcance em âmbito federal é de alta relevância, pois favorece o futuro acesso aos medicamentos fitoterápicos no SUS”, complementa.

Endereço para as famílias do campo

O Instituto de Economia Agrícola (IEA) coordena a execução do programa Rotas Rurais, uma iniciativa pioneira na América Latina que tem o objetivo de levar endereço para as propriedades rurais de SP. Conferindo o Endereço Rural Digital a todos os estabelecimentos rurais do estado, o Programa permite que as famílias do campo passem a ter acesso a serviços públicos básicos, como ambulâncias, atendimento policial e do corpo de bombeiros, serviço postal e entrega de mercadorias. Trata-se de um projeto de pesquisa inédito que se transformou em uma política pública de grande relevância.

Rotulagem e normas para o setor de alimentos

O Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) é referência na realização de análises que embasam as declarações obrigatórias da rotulagem de alimentos, elaboração de modelo de tabela nutricional e orientação quanto ao tamanho de porções e respectivos valores diários, além de discutir sobre resultados obtidos e assessorar para o atendimento às normas vigentes. Esse trabalho é conduzido por corpo técnico de servidores públicos experiente e atualizado, composto por mestres e doutores que adotam métodos adequados e padronizados dentro de sistema de gestão da qualidade certificado na norma ISO 9001:2015.

Novas cultivares, mais opção para o consumidor

O trabalho diário dos profissionais do Instituto Agronômico (IAC) fortalece o setor agronômico, desenvolvendo soluções sustentáveis e inovadoras para os desafios do campo e ajudando a transformar o Brasil em líder mundial na produção agrícola. Dentre tantos servidores que se empenham ao longo dos 137 anos do IAC, cabe destacar Alisson Fernando Chiorato, que ingressou no IAC em janeiro de 1997 como estagiário e em 2005 se tornou pesquisador. Em abril de 2013 foi nomeado como Diretor Técnico de Divisão do Centro de Pesquisa de Grãos e Fibras. Durante esses anos, desenvolveu, até o momento, 23 cultivares de feijão comum, duas cultivares de crotalária, duas cultivares de feijão mungo, duas cultivares de feijão arroz e uma cultivar de arroz preto.

Defesa Agropecuária: fiscalização e vigilância em prol da população

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e seu quadro de servidores está presente no dia a dia da população paulista de forma ativa e participativa atuando junto ao setor produtivo chegando até o consumidor final.

A partir de ações de fiscalização e de vigilância que acontecem desde o pomar de laranja que precisa de sanidade para produzir frutos saudáveis até a inspeção de alimentos que garante a inocuidade e a segurança dos produtos de origem animal consumidos pelos paulistas, a CDA garante a sanidade e a qualidade nas cadeias aumentando sua produtividade e impactando a competitividade dos produtos e, consequentemente, a vida dos produtores. Suas ações contribuem para a proteção do meio ambiente, da saúde pública e do desenvolvimento social e econômico de SP, o que interfere, direta e diariamente, na vida da população.

Cati: serviço público que transforma vidas no campo e na cidade

A frase pode parecer clichê, mas os resultados são bem concretos: se o produtor não planta, a população não se alimenta: não se alimenta de comida com valor nutricional, em quantidade e qualidade para o desenvolvimento saudável e a segurança alimentar. E se o produtor não planta − com adoção de tecnologia, Boas Práticas Agropecuárias, práticas integradas de conservação do solo e da água e regularização ambiental, respeito à biodiversidade, renda e qualidade de vida para sua família e trabalhadores rurais −, não existe agro sustentável.

Em um momento em que o mundo se assusta e sofre as consequências das mudanças climáticas e o impacto na produção de alimentos e geração de energia etc., para melhor servir o seu público prioritário, os produtores rurais e toda a sociedade, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) aprimora sua missão e estreita laços com entidades públicas e privadas para responder com a sua rede de extensionistas (servidores públicos técnicos e administrativos) dedicados ao desenvolvimento sustentável, difundindo conhecimento, tecnologia, inovação e ações que garantam sanidade vegetal e animal; adaptando pesquisas e as consolidando na prática, aliando-as à tradição dos produtores rurais e transformando-as em produtividade e competitividade nas mais diversas cadeias produtivas; fortalecendo a organização rural em associações e cooperativas, com aumento de produtividade, gestão, agregação de valor, inserção no mercado, geração de renda e emprego.

Para tanto, executa políticas públicas que geram acesso a crédito rural e linhas de financiamento emergenciais; segurança alimentar; inclusão social e melhora no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); competitividade do agronegócio familiar; fixação no campo com transformação e qualidade de vida de milhares de famílias. Também produz e comercializa sementes e mudas com tecnologia, garantia de qualidade e preços acessíveis a milhares de pequenos produtores, para atividade econômica e reflorestamento florestal.

Confira release no site da Apta.